"Problema das empresas não está nos salários", destaca CGTP
Arménio Carlos destaca que os principais gastos das empresas não são com os salários e que é possível aumentá-los. EDP foi alvo das críticas do líder da CGTP sindical.
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Economia Concertação Social
A atualização do salário mínimo esteve no centro da discussão na reunião da Concertação Social, no final, Arménio Carlos deixou claro que o “problema das empresas não está nos salários”.
“Em termos médios, de acordo com o Banco de Portugal, os encargos com os salários e com as contribuições para as empresas não ultrapassa os 14% dos seus custos totais. Então para onde vai o resto? Os outros 86%? Podíamos começar aqui a desfiar o novelo. Para a energia, para as telecomunicações e assim sucessivamente. Então porque é não se toca nisso? Porque é que não se reduz o preço da energia para as empresas e para as famílias, que continuam a ter uma fatura elevada?”, questionou Arménio Carlos, que de seguida estabeleceu um alvo concreto.
“Porque razão é que a EDP continua a ter lucros de mil milhões de euros líquidos por ano à custa e à conta dos consumidores? Porque razão é que estão a fazer investimentos nas indústrias mais modernas e mais amigas do ambiente e não são eles que fazem o investimento, somos nós na fatura da eletricidade que pagamos todos os meses. Não temos nada contra a EDP, mas já agora no período de crise baixaram os salários dos trabalhadores e a EDP viu aumentados os seus lucros”, disse o líder da CGTP.
Mas para isso, Arménio Carlos diz que é preciso ter “coragem e frontalidade e sobretudo determinação política”.
Questionado pelo fundo de compensação salarial, Arménio Carlos diz que “não se pode discutir o fundo de compensação salarial sem ter em conta as razões que tiveram origem na sua criação”.
“Facilitar os despedimentos e a redução das indemnizações. Qualquer discussão sobre os fundos implica discutir os despedimentos e as indemnizações. E já agora revisitar a lei, fazer uma avaliação do que foi feito e a conclusão só poder ser uma é que se tem de revogar os despedimentos e as indemnizações e voltar à lei anterior”, realçou o secretário-geral da CGTP.
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