"Gostávamos que a Lone Star tivesse comprado o Novo Banco todo"
Durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados primeiro semestre, o presidente do Santander Totta queixou-se das elevadas responsabilidades dos bancos nacionais no processo de venda do Novo Banco.
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No final de um semestre em que o Santander Totta acumulou lucros de 229 milhões de euros, o presidente do banco português assumiu-se satisfeito, mas não esqueceu algumas questões relevantes para o futuro próximo.
"Em relação ao crédito malparado não tenho novidades. O Santander Totta não foi às últimas reuniões", começou por dizer António Vieira Monteiro, antes de aprofundar um tema que afeta de forma direta as contas do Santander Totta: o Fundo de Resolução.
Questionado sobre a obrigação dos bancos portugueses de reporem os capitais do Fundo de Resolução após o processo de venda do Novo Banco, Vieira Monteiro assume que o Santander desejava outra solução: "O que gostávamos é que a Lone Star tivesse comprado logo o banco todo e o Fundo de resolução não fosse sócio".
"Gostaríamos que [as obrigações em relação ao Novo Banco] pesassem menos no fundo de Resolução."
A direção do Santander Totta revelou esta terça-feira que o banco fechou o primeiro semestre do ano com um lucro de 228,9 milhões de euros, uma subida de 16,7% face aos 196,2 milhões de euros de lucro registados entre janeiro e junho de 2016.
A margem financeira ascendeu a 338,4 milhões de euros no primeiro semestre, um recuo de 8,3% face aos primeiros seis meses do ano passado, consequência de "reajustamentos ocorridos na carteira de dívida pública".
Os depósitos, frisa ainda o Santander Totta, "totalizaram 27,6 mil milhões de euros, subindo 0,6% face a junho de 2016 e 1% face a março de 2017".
[Notícia atualizada às 12h55]
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