Além do reforço de 23 milhões de euros no orçamento da Câmara de Viseu, foi também aprovado, em reunião do executivo que decorreu ao longo da manhã, um reforço de três milhões de euros para as Águas de Viseu - SMASV.

De acordo com o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), esta é uma revisão orçamental que fazem todos os anos, "sendo no fundo a incorporação do saldo de gerência da câmara e do SMASV".

"Há uma percentagem de cerca de 17 por cento para despesas correntes e o restante para despesas de capital, onde se incrementam a aposta na educação, vertentes ligadas ao desenvolvimento económico. Vai em linha com as nossas prioridades, que são a questão económica, social e parte das obras nas freguesias e reabilitação do centro histórico", esclareceu.

No caso concreto das Águas de Viseu, este reforço está refletido "nas obras lançadas, que visam, sobretudo, o fecho de redes na parte mais norte, em que serão beneficiadas 11 freguesias".

Aos jornalistas, Almeida Henriques destacou a evolução positiva das contas do município de Viseu, com "um equilíbrio orçamental superior a 8,6 milhões de euros (mais 6% face a 2015).

"Há um saldo de gerência de 31,5 milhões de euros, mais 10% face a 2015, há um resultado líquido de 5,1 milhões de euros face ao ano anterior e também uma redução do passivo de médio e longo prazo de 2,6 milhões de euros", informou.

No seu entender, esta evolução positiva das contas do município permitem olhar para o futuro com tranquilidade.

"Esta estabilidade permite apoiar as instituições culturais, desportivas e sociais, mas também continuar a fazer um investimento na educação e nas freguesias. Vai também permitir posicionar-nos face aos investimentos comunitários", sustentou.

O presidente da câmara referiu que Viseu deve ser um dos municípios com mais projetos aprovados no âmbito dos fundos comunitários, "porque a sua saúde financeira assim o permite".

"Permitiu, por exemplo, não tendo ainda aprovado o projeto para a Escola Secundária Viriato, avançar com as obras com fundos próprios, para que não haja nenhum atraso na execução e possa entrar em obra nas férias escolares", acrescentou.

O autarca revelou que estão atualmente identificadas obras no valor de 90 milhões de euros nas Grandes Opções do Plano (GOP), previstas para os próximos cinco anos.

"Desde o investimento nas escolas, todo o investimento no centro histórico, passando pela cobertura do Mercado 2 de Maio, reabilitação do mercado municipal, requalificação da central de camionagem, construção das instalações das Águas de Viseu, reabilitação do edifício do Orfeão, reabilitação e criação de uma Unidade de Saúde Familiar na rua das Bocas, reabilitação do Bairro Municipal e o investimento das juntas nas diferentes freguesias: há aqui muitas obras emblemáticas a ser desenvolvidas", apontou.

Questionado sobre as críticas que apontavam que, no decorrer do seu mandato, iria gastar o dinheiro herdado do seu antecessor (Fernando Ruas), Almeida Henriques frisou que tal não veio a acontecer.

"Antes pelo contrário, temos continuado a investir a grande velocidade, com investimentos muito significativos nos vários domínios. A verdade é que os resultados têm vindo a aumentar, as disponibilidades são maiores do que eram e a redução do passivo também é uma realidade", concluiu.