Sindicato dos quadros técnicos pede reunião urgente a Fernando Ulrich
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) anunciou hoje que pediu uma reunião urgente ao presidente do Conselho de Administração do BPI, Fernando Ulrich, na sequência das recentes alterações de composição acionista do banco.
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Economia BPI
"Impõe-se esclarecer quais as consequências e implicações da nova posição maioritária do CaixaBank no BPI no que diz respeito à gestão dos recursos humanos", afirmou o presidente do SNQTB, Paulo Marcos, citado em comunicado.
"Temos que salvaguardar os interesses dos trabalhadores, designadamente, no que se relaciona com o seu atual estatuto jurídico-laboral", acrescentou.
O CaixaBank passou a deter 84,5% do BPI no âmbito da Oferta Pública de Aquisição (OPA), operação divulgada na sessão especial no passado dia 08 de fevereiro. Na oferta, o CaixaBank adquiriu 39,02% além do que já detinha.
No dia da OPA, o CaixaBank escreveu aos trabalhadores do BPI afirmando que considera que a nova etapa do banco, agora sob o seu domínio maioritário, será "especialmente estimulante".
A comunicação foi assinada pelos responsáveis do grupo bancário catalão, Jordi Gual e Gonzalo Gortázar.
"Estamos convencidos de que, juntos, consolidaremos o BPI como um banco de referência em Portugal. Com a disponibilidade de todos, reforçaremos o seu desenvolvimento e crescimento no futuro, de forma a criar maior valor para a sociedade portuguesa", lê-se na carta a que a Lusa teve acesso.
Na mesma carta, o grupo catalão adiantou que, após as aprovações necessárias, o BPI "será integrado no grupo CaixaBank".
Recordando que já passam mais de 20 anos desde que o CaixaBank se tornou acionista do BPI, Jordi Gual e Gonzalo Gortázar consideraram que os trabalhadores do BPI "sempre demonstraram o seu empenho e profissionalismo", pelo que acreditam que a "nova etapa será especialmente estimulante".
Sobre o grupo CaixaBank, explicam que tem "mais de 110 anos de história" e que sempre demonstrou o seu "elevado compromisso social".
Falam ainda do acionista maioritário do Grupo, a Fundação Bancária La Caixa, adiantando que gasta por ano cerca de 500 milhões de euros em obra social, o que a posiciona como a "terceira fundação privada mais importante do mundo".
"Esperamos que estas palavras contribuam para um melhor conhecimento do grupo CaixaBank. Iniciamos agora um caminho conjunto, que terá em conta as características e necessidades próprias da sociedade portuguesa, dos clientes e acionistas do BPI, assim como as de todos os seus colaboradores", acrescentaram.
O até agora segundo maior acionista do banco, a 'holding' angolana Santoro (de Isabel dos santos), que tinha 18,5%, saiu da estrutura acionista, assim como o grupo português Violas Ferreira e o Banco BIC (que Isabel dos Santos também controla), ambos com participações acima de 2%.
Dos principais acionistas mantém-se apenas a seguradora Allianz (8%), que tem um acordo com o BPI para a colocação dos seus produtos.
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