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"Hoje Portugal faz mais parte da Europa do que há um ano"
O secretário de Estado Adjunto, do Tesouro e Finanças disse hoje que "Portugal faz mais parte da Europa" do que há um ano e que o Governo ganhou "capacidade de discussão" que permite ao país ser "um entre iguais".
© Global Imagens
Economia Mourinho Félix
"Hoje, Portugal faz mais parte da Europa do que fazia há um ano. Hoje Portugal conta", afirmou Ricardo Mourinho Félix, na sua intervenção na conferência Orçamento do Estado 2017, organizada pelo Jornal Económico e a consultora EY, que decorre hoje em Lisboa.
Durante o seu discurso, o governante frisou que o compromisso de Portugal com o projeto europeu "é hoje um dado adquirido" para os parceiros e que há "uma abertura às ideias do atual Governo", "cada vez mais distante da ortodoxia e da inflexibilidade" que marcou a discussão do Orçamento do Estado para 2016.
"O Governo ganhou uma capacidade de discussão dos temas do crescimento, do emprego, da reforma do Estado, das reformas estruturais e do sistema bancário que permite a Portugal ser hoje um entre iguais", reforçou.
O secretário de Estado afirmou ainda que "não há nenhuma ameaça de devolução" do Orçamento do Estado a Bruxelas, "apenas um pedido de esclarecimento", um dia depois de a Comissão Europeia ter pedido esclarecimentos por ter identificado "riscos e discrepâncias" na proposta orçamental que levantam dúvidas sobre o cumprimento das metas orçamentais definidas.
Logo na terça-feira o ministro das Finanças, Mário Centeno, afirmou que a negociação com a Comissão Europeia relativamente ao Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) "é um processo natural", qualificando como "questões menores" as que foram levantadas pela Comissão.
Ricardo Mourinho Félix falou hoje sobre o sistema bancário, afirmando que a sua estabilização "deve ter continuidade em 2017" e considerando que um "sistema bancário bem capitalizado é um fator essencial" para a concessão de financiamento a novos projetos empresariais.
O governante abordou todos os objetivos do Orçamento do Estado para o próximo ano e sobre o investimento destacou que 2017 será o primeiro ano de pleno funcionamento normal do Portugal 2020, pelo que será um "ano de pôr no terreno muitos projetos submetidos".
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