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CaixaBank adia assembleia geral do BPI por duas semanas

Donos espanhóis do banco português pediram aos acionistas para atrasar a data da reunião que decidirá a desblindagem dos estatutos.

CaixaBank adia assembleia geral do BPI por duas semanas
Notícias ao Minuto

10:54 - 06/09/16 por Bruno Mourão com Lusa

Economia Mercado

Era uma das reuniões mais esperadas do ano na banca portuguesa, mas não vai acontecer na data prevista. Quando tudo estava preparado para a realização da assembleia geral de acionistas do BPI, o CaixaBank propôs o adiamento e os investidores aceitaram atrasar a discussão por mais duas semanas.

Os acionistas reuniram-se na Fundação de Serralves, no Porto, mas não chegaram a discutir o assunto mais importante da agenda. Os espanhóis, acionistas maioritários do BPI, propuseram o adiamento e os votos ditaram que irá realizar-se uma nova assembleia a 21 de setembro para discutir novamente os estatutos do banco.

Essa suspensão aconteceu após ter sido conhecido que o tribunal aceitou a providência cautelar do acionista Violas Ferreira Financial no sentido de não poder ser votada a proposta de alteração de estatutos apresentada pelo Conselho de Administração do banco.

A questão da desblindagem de estatutos tornou-se um assunto maior no BPI devido à 'guerra' que opõe os principais acionistas, o espanhol Caixabank e a angolana Santoro, de Isabel dos Santos, que não se entendem quer na redução da exposição do banco a Angola (por causa das regras do Banco Central Europeu), quer numa estratégia para o BPI.

É que apesar de os espanhóis terem 45% do BPI apenas podem votar com 20%, pelo que na prática estão em situação de paridade com a angolana Santoro, com 18,6%, uma participação que se associa aos 2,28% do Banco BIC, uma vez que ambas as empresas têm Isabel dos Santos como acionista de referência.

Precisamente por causa disto, na Oferta Pública de Aquisição apresentada pelo Caixabank no início do ano, o banco espanhol fez depender a continuação da operação de uma decisão positiva sobre a desblindagem dos estatutos.

Esta segunda-feira, o jornal digital El Confidencial noticiou que o presidente da CriteriaCaixa, acionista maioritário do CaixaBank, Isidro Fainé, "pondera muito seriamente retirar a proposta de compra, face ao novo obstáculo judicial surgido para controlar o terceiro banco luso".

As ações do BPI foram esta manhã suspensas pela CMVM, de forma a evitar a especulação em torno da possível desistência do CaixaBank e dos resultados da assembleia geral de hoje, conhecidos agora.

[Notícia atualizada às 11h10]

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