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Delator cita desvios de 10 milhões em negócio da Petrobras em Angola

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou num depoimento à Justiça brasileira que a compra de blocos de petróleo em Angola gerou desvios equivalentes a cerca de 10 milhões de euros dos cofres da petrolífera brasileira.

Delator cita desvios de 10 milhões em negócio da Petrobras em Angola
Notícias ao Minuto

16:09 - 06/06/16 por Lusa

Economia Brasil

As informações foram divulgadas hoje pelo jornal O Globo, que explica ter tido acesso ao conteúdo dos depoimentos dados por Cerveró ao Ministério Público numa delação premiada (acordo de cooperação com Justiça em troca de redução da pena).

Segundo o delator, os crimes na gestão da área internacional da estatal, que gerencia os negócios da Petrobras no exterior, foram responsáveis por um prejuízo de mais de 500 milhões de reais (125 milhões de euros) à empresa desde 2002.

No caso do negócio realizado entre a Petrobras e a Sonangol, empresa estatal de petróleo de Angola, os desvios de mais de 40 milhões de reais (teriam sido usados para pagar a campanha de reeleição presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.

O ex-diretor da Petrobras alegou que obteve essa informação de Manoel Vicente, presidente da Sonangol. As negociações do lado brasileiro teriam sido conduzidas pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci.

O esquema que teria sido responsável pelo maior desvio de dinheiro na área internacional da Petrobras, porém, foi a aquisição da empresa petrolífera argentina Pérez Companc.

Cerveró contou que a aquisição rendeu cerca de 100 milhões de dólares (88 milhões de euros) em subornos pagos aos integrantes do Governo do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso no ano de 2002.

Ao todo, o delator citou onze políticos brasileiros como beneficiários diretos dos desvios, sendo os mais proeminentes o ex-Presidente Lula da Silva, o presidente do Senado (Câmara alta parlamentar) Renan Calheiros, o presidente afastado da Câmara dos Deputados (câmara baixa) Eduardo Cunha, o ex-senador Delcídio do Amaral e o ex-Presidente Fernando Collor de Mello.

Procurados pelo jornal, os políticos nomeados pelo delator negaram ter qualquer ligação com os desvios de dinheiro investigados pela operação Lava Jato na Petrobras.

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