No Orçamento de Costa, são estes os ministérios que mais ganham terreno
Documento entregue na Assembleia da República traz alterações estratégicas nos gastos do Estado. Entre reforço e abrandamento de apostas, fique a saber os gastos previstos para cada Ministério.
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Economia Contas
A promessa de um maior apoio social aos portugueses foi cumprida pelo Partido Socialista, pelo menos no papel. A versão final do Orçamento do Estado para 2016 chegou ao Parlamento no final da semana passada e pelas contas da equipa de Mário Centeno, podem tirar-se algumas conclusões de primeira vista.
As despesas consolidadas mudam em quase todos os gabinetes do Governo, na comparação com o último ano de liderança executiva de Passos Coelho e Paulo Portas. Em termos globais, a Segurança Social é quem mais dinheiro ganha em relação ao ano passado: os 482 milhões de euros extra ultrapassam todos os outros reforços no orçamento dos Ministérios.
Ambiente e Saúde surgem a seguir no pódio dos aumentos de despesa, com crescimentos respetivos de 360 e 259 milhões de euros. Ainda assim, o programa de Governação é aquele que regista o maior crescimento anual nos gastos em termos de percentagem, passando a custar exatamente o dobro aos cofres do Estado.
Do lado oposto, o dinheiro reservado ao Planeamento e Infraestruturas vai sofrer a maior queda nominal, com um corte de 530 milhões de euros a corresponder a um desinvestimento de 11%. Em segundo lugar na lista de cortes surge uma parte das escolas nacionais, graças a uma redução de 82 milhões de euros na despesa consolidada do ensino básico e secundário e da administração escolar.
O Ministério da Agricultura vai perder mais de 7% dos fundos, equivalentes a quase 80 milhões de euros a menos, ocupando o terceiro lugar no ranking de perdas.
Olhando para toda a lista, o Ministério das Finanças perde quase 4 mil milhões de euros em despesa, mas o documento final lembra que a variação nominal não corresponde a uma perda real nos fluxos financeiros e por isso a contabilização deve ser feita de maneira diferente.
A Gestão de Dívida Pública será o programa mais caro para o Estado novamente, com o total de quase 86 mil milhões de euros a ser muitas vezes superior à aposta mais ‘barata’ do Governo: o Mar vai receber mais 27%, passando a uma despesa consolidada de 80 milhões de euros.
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