"Se pensões estivessem nas bolsas, valeriam metade"
Catarina Martins, deputada do Bloco de Esquerda, explicou a posição do partido em relação à TSU e à Segurança Social.
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Economia Catarina Martins
Catarina Martins, em entrevista ao Jornal de Notícias, explicou as propostas do Bloco de Esquerda para reestruturar a dívida, e a forma como avalia o corte da Taxa Social Única (TSU), mantendo-se longe das pretensões de que o partido tenha uma coligação com o PS.
A coordenadora do Bloco não se revê nas propostas dos socialistas e garante que não haverá uma coligação entre partidos que não lutem contra a austeridade. Quando confrontada com a questão da reestruturação da dívida, relembra que “este foi o Governo que fez aumentar mais a dívida”.
“O país deve entrar nesse processo negocial [de restruturação da dívida] de forma determinada, dizendo que o objetivo é reduzir a dívida para 60% do PIB”, explica a deputada do Bloco, mostrando que será necessário um período de carência para ter folga financeira e investir na criação de emprego.
Por outro lado, Catarina Martins acredita que baixar os descontos para a TSU “é uma asneira”. “Estamos a cortar agora o financiamento da Segurança Social e estamos a dizer que quem trabalha hoje já sabe que vai ter uma pensão mais baixa”, esclarece.
Assim, e tendo em conta a crença nos estudos que revelam que o “sistema de Segurança Social é sustentável até 2060”, a coordenadora do Bloco de Esquerda acredita que “a Segurança Social não deve ter alterações bruscas”.
Catarina Martins garante ainda que “não há maior instabilidade do que a de um Governo que propõe o plafonamento da Segurança Social, o que significa a sua privatização”, relembrando que se trata de uma “irresponsabilidade”.
“Se as pensões lá estivessem [nas bolsas financeiras] já tinham perdido metade do valor”, salvaguarda, explicando que o mercado privado é muito irregular para colocar as pensões que asseguram o futuro.
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