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Saída do euro é o cenário mais provável para a Grécia

A agência de 'rating' Fitch considera que a saída da Grécia da zona euro é "o resultado mais provável" depois do referendo de domingo que deu um expressivo "não" às propostas dos credores internacionais.

Saída do euro é o cenário mais provável para a Grécia
Notícias ao Minuto

17:18 - 07/07/15 por Lusa

Economia Fitch

"Uma eventual saída é agora o resultado mais provável. Os prazos críticos da crise grega chegaram e passaram sem progressos ou consequências, mas o referendo foi um momento que definiu de forma determinante a posição económica do país na Europa", escreve o analista da Fitch James McCormack.

Para o responsável global dos 'ratings' atribuídos às dívidas soberanas pela Fitch, "na ausência de um acordo, torna-se cada vez mais provável que o Governo vai precisar de introduzir um meio de pagamento secundário".

"Uma moeda paralela oficialmente impressa só pode ser interpretada como um passo decisivo para saída da zona euro", afirma James McCormack.

Para o analista, o referendo "providenciou um impulso substancial à posição do Governo liderado pelo Syriza nas suas negociações com os credores", para debater menos austeridade e uma reestruturação do peso da dívida.

Da perspetiva grega, escreve o responsável da Fitch, "se os credores querem garantir a permanência do país na zona euro para evitar um forte recuo -- talvez irrecuperável - na integração europeia, devem reconhecer que existem limites para os termos que a Grécia pode aceitar".

"Obviamente, o alívio da dívida será politicamente difícil para um número alargado de governos da zona euro. Países que sofreram ajustamentos económicos duros nos anos recentes vão ser relutantes num corte da dívida a um país que é visto -- correta ou incorretamente -- como quem não quer fazer o mesmo", considera James McCormack.

Para o analista da agência norte-americana, esta perspetiva também não é apelativa para os países que conseguiram escapar à crise mas que providenciaram apoio financeiro nos diferentes resgates gregos.

Por outro lado, responsável considera que o estado da banca grega mina "a posição negocial" do Governo liderado por Alexis Tsipras, uma vez que o controlo de capitais, o encerramento dos bancos e o teto máximo da linha de emergência de liquidez ('ELA, na sigla em inglês, providenciada pelo Banco Central Europeu) demonstram que a economia "está a ser asfixiada", com consequencias que deveriam ser tidas em conta "primeiro pelo governo, mais do que pelos credores".

A isto junta-se a "urgência considerável" da necessidade de as autoridades gregas em alcançar um acordo que iria aliviar a pressão nos levantamentos e permitir ao BCE reconsiderar o teto da 'ELA', escreve.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, disse hoje que é esperado que haja na quarta-feira um pedido de ajuda financeira da Grécia ao fundo de resgate da zona euro.

Segundo fontes europeias, o novo ministro das Finanças grego, Euclides Tsakalotos, fez apenas uma apresentação geral das propostas de Atenas em troca de um terceiro resgate, durante o encontro de hoje do Eurogrupo.

A reunião dos ministros das Finanças da zona euro antecede a cimeira do final da tarde, que reunirá os chefes de Estado e de Governo dos países que partilham a moeda única e que servirá para perceber o caminho a seguir em relação à Grécia após o claro "não" dos gregos no referendo no domingo às últimas propostas dos credores.

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