Europa "quer" ajudar Atenas, mas "não contra a sua vontade"
O presidente do Conselho Europeu afirmou hoje que a Europa continua a querer apoiar a Grécia, o que não será possível se o país não o quiser, aguardando assim o resultado do referendo de domingo em Atenas.
© Reuters
Economia Donald Tusk
"A Europa quer ajudar a Grécia. Mas não pode ajudar ninguém contra a sua própria vontade. Esperemos os resultados do referendo grego", afirmou Donald Tusk numa mensagem publicada na sua conta oficial na rede social Twitter.
A mensagem do presidente do Conselho Europeu foi publicada cerca de uma hora depois de o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, ter terminado um discurso na televisão pública grega.
O primeiro-ministro grego confirmou a manutenção do referendo à proposta dos credores agendado para 05 de junho e reiterou o apelo ao "não", garantindo que vai encontrar soluções após a consulta popular.
A mensagem de Alexis Tsipras surge após Atenas ter apresentado uma contraproposta para tentar alcançar um acordo. A carta dirigida por Tsipras aos chefes das três instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) sublinha que a Grécia "está preparada para aceitar o acordo", mas com algumas alterações.
Entretanto, os ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) já concluíram a nova reunião por teleconferência realizada hoje à tarde, tendo decidido prosseguir discussões sobre a ajuda à Grécia apenas após a realização do referendo.
"Eurogrupo unido na decisão de esperar pelo resultado do referendo na Grécia antes de mais conversações", escreveu o ministro das Finanças eslovaco, Peter Kazimir, na sua conta na rede social Twitter.
Também recorrendo à sua conta de Twitter, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que a reunião -- a segunda no espaço de dois dias para discutir propostas apresentadas pelo primeiro-ministro grego -- já terminou, mas remeteu comentários para uma declaração gravada a ser divulgada em breve.
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