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Grécia tem de decidir "se faz ou não os ajustamentos necessários"
O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, disse hoje que a Grécia tem de decidir se faz ou não os ajustamentos necessários para continuar no euro, uma decisão que os parceiros europeus não podem assumir.
© DR
Economia Schäuble
"Os gregos têm de decidir se querem e se podem", disse Schäuble durante uma reunião do seu partido, a União Democrata Cristã (CDU).
"Está claro que o povo grego está a sofrer os erros cometidos durante gerações. Agora, o que os gregos têm que decidir é se fazem os ajustamentos indispensáveis para continuarem no euro", acrescentou o ministro alemão.
Sobre a relação com o seu homólogo grego, Yanis Varoufakis, Schäuble referiu que é "muito boa".
"Dizemos sempre a verdade e normalmente não estamos de acordo", acrescentou.
Sobre declarações recentes de Varoufakis em referência às instituições que declararam guerra à Grécia, Schäuble disse que "uma coisa é o que se diz à porta fechada, outra coisa é a comunicação".
"Quanto à comunicação, o meu colega grego é... bastante hábil", acrescentou.
Schäuble disse ainda que é preciso uma Europa forte, o que não é tão fácil como pensavam os fundadores do projeto europeu.
"Necessitamos de regras, temos regras e agora temos de cumpri-las", afirmou.
O ministro das Finanças da Finlândia, Alexander Stubb, convidado a participar nesta reunião, disse que os parceiros europeus têm feito o possível para manter a Grécia no euro e vão continuar a tentar isso.
"Nos últimos cinco anos, fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para manter a Grécia na zona euro e continuaremos a fazê-lo", apontou.
Questionado sobre o perigo de contágio em caso de saída da Grécia do euro, Stubb disse não acreditar que seja tão elevado como há uns anos.
"Não creio que o perigo de contágio seja tão grande como há uns anos. Se virmos os dados económicos de Itália e outros países, não vejo perigo de contágio", afirmou o ministro finlandês.
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