Caso BES é "simplesmente deplorável e chocante"
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos disse esta terça-feira, em declarações à Rádio Renascença, que o que aconteceu com o Banco Espírito Santo é “simplesmente deplorável e chocante”. Para Faria de Oliveira toda a crise que circundou a instituição liderada por Ricardo Salgado “cria um dano reputacional” para os restantes bancos portugueses.
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Economia Faria de Oliveira
Faria de Oliveira falou, na terça-feira à noite, aos microfones da Rádio Renascença no programa ‘Terça à Noite’, dizendo de sua justiça quanto à queda do império Espírito Santo.
“O tipo de situações como a que ocorreu com o BES é simplesmente deplorável, chocante e impensável. Cria um dano reputacional enorme para o conjunto do setor bancário”, começa por dizer, acrescentando ainda que “os outros bancos têm feito um trabalho notável face às dificuldades que têm vindo a acontecer por força da crise financeira que vivemos e, assim, acabam por ser machucados por força desse comportamento que não se esperaria”.
Sobre a sua relação com Ricardo Salgado, o presidente da Associação Portuguesa de Bancos assegura que sempre foi de “natureza profissional”, descrevendo-a como uma “amizade profissional”.
Faria de Oliveira garantiu que nunca mais conversou com Salgado, mas se o fizesse agora “tentaria perceber muitas coisas que são difíceis de entender”.
Para o responsável, o que se passou “foi uma ocultação de dados”.
“Eventualmente houve manipulações que conduziram a esta situação e fundamentalmente uma promiscuidade nas relações de grupo que se tornou evidente em algumas situações e que conduziu a que o banco acabasse por ser contaminado”, referiu.
“Não sou 100% adepto de deixar tudo aos mercados. Há que defender o interesse nacional”, rematou, concluindo que “neste momento ainda estamos numa fase em que não se justificará nenhum tipo de intervenção”.
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