Hotelaria e restauração dizem que medidas não respondem às necessidades

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) defendeu hoje que as medidas anunciadas na quinta-feira pelo Governo em resposta aos incêndios que têm afetado o país são "muito genéricas" e não respondem às necessidades do setor.

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Lusa
22/08/2025 20:39 ‧ há 5 horas por Lusa

Economia

AHRESP

Em resposta à agência Lusa, a associação aponta que as medidas anunciadas pelo Governo "constituem um enquadramento geral de resposta a situações de catástrofe", mas "são ainda muito genéricas e não respondem, para já, às necessidades específicas das atividades do alojamento turístico e da restauração, setores fortemente atingidos pelas consequências dos incêndios".

 

A AHRESP adianta ainda que "mantém contacto permanente com o Governo", bem como com as "Entidades Regionais de Turismo, designadamente a do Centro, onde se tem registado o maior número de incêndios", de modo a "transmitir as dificuldades" enfrentadas pelos seus associados e "agilizar soluções concretas que respondam às necessidades reais das empresas".

"De acordo com a indicação do executivo, as medidas concretas para o Turismo estão ainda a ser trabalhadas e deverão ser anunciadas em breve", acrescenta.

Apesar de não detalhar as medidas, a associação manifesta ainda uma "elevada expectativa" para que as propostas que apresentou ao executivo sejam acolhidas, defendendo que uma parte "substancial" dos apoios sejam a fundo perdido e aplicados "tanto aos territórios diretamente atingidos pelo fogo, como aos estabelecimentos encerrados por despacho governamental".

Por outro lado, defende que o remanescente desses apoios tenha "ciclos de amortização alargados, garantindo fôlego financeiro às empresas para ultrapassar esta crise".

A AHRESP refere que questionou as operadoras de telecomunicações e que "se disponibilizou para colaborar na identificação de soluções" face aos problemas de comunicações, tendo a MEO confirmado "estar a garantir a reposição progressiva dos serviços de comunicações nos concelhos afetados, sempre que reunidas as condições de segurança".

"A empresa sublinhou o esforço contínuo para garantir a continuidade das comunicações e manifestou total disponibilidade para colaborar com a AHRESP na sinalização de situações prioritárias, de forma a assegurar respostas rápidas e eficazes às necessidades das empresas e comunidades atingidas", acrescenta.

A associação reitera que, no âmbito do protocolo com a Liga dos Bombeiros Portugueses, têm sido enviados produtos essenciais para ser distribuídos nas zonas mais afetadas pelos incêndios.

O Governo aprovou na quinta-feira, numa reunião extraordinária do Conselho de Ministros, em Viseu, um quadro com 45 medidas "a adotar em situação de incêndios de grandes dimensões, com consequências no património e na economia de famílias e empresas", e que pretende permitir, "de forma rápida e ágil, colocar no terreno medidas de apoio às regiões e pessoas afetadas".

Leia Também: Sindicato acusa CUF e APHP de obrigarem a 12 horas de trabalho

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