Dias de verão pedem uma salada ou um peixe fresco, mas a verdade é que ir ao supermercado comprar estes produtos está mais caro. O preço de um cabaz de verão encareceu quase sete euros em dois anos, de acordo com dados divulgados, esta sexta-feira, pela DECO PROTeste.
Contas feitas, o cabaz de verão custa 51,11 euros esta semana, menos 0,99 euros face à semana passada, mas está 6,94 euros mais caro do que há dois anos:
"Entre o dia 23/08/2023 e o dia 20/08/2025 existe uma diferença de 6,94 euros quando comparado o mesmo cabaz nos 2 dias (15,73%)", pode ler-se num comunicado enviado pela organização de defesa do consumidor ao Notícias ao Minuto.
Este cabaz, refira-se, "engloba 12 produtos habitualmente utilizados durante o verão: febras de porco, frango inteiro, robalo, dourada, carapau, azeite virgem extra, salsichas Frankfurt, café torrado moído, alface frisada, tomate chucha, cebola e batata vermelha".
Alface frisada destaca-se (e não é pelos melhores motivos)
A análise da DECO PROTeste coloca um dos ingredientes base das saladas em destaque e não é pelos melhores motivos: "a alface frisada foi o produto que mais subiu desde a semana passada e teve um aumento de quase 40% face ao mesmo período do ano passado".
Na última semana, além da alface destacam-se também as febras de porco, o café torrado moído, que continua a ver o seu preço aumentar, bem como o frango inteiro e a dourada.
Se olharmos para o último mês, a alface frisada continua a liderar as subidas de preços, logo seguida pelo tomate chucha e pelo carapau.
Porém, em comparação com há dois anos, quem se destaca mesmo é o café torrado moído, cujo preço disparou 80% neste período, uma subida que ultrapassa os dois euros.
A DECO PROTeste adianta que esta e outras simulações de preços podem ser feitas numa ferramenta da organização de defesa do consumidor para o efeito - pode aceder aqui.
Como está a taxa de inflação?
O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou, na semana passada, que a taxa de inflação acelerou para 2,6% em julho, tal como indicava a estimativa provisória divulgada no final do mês passado.
"A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 2,6% em julho, taxa superior em 0,2 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior", pode ler-se no relatório do INE.
O indicador de inflação subjacente - índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos - registou uma variação de 2,5% (2,4% em junho).
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