Os proveitos totais do alojamento turístico cresceram 7,8% no primeiro semestre, para 2.995,5 milhões de euros, tendo os hóspedes aumentado 3,6% e as dormidas 2,4%, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com as estatísticas da atividade turísticas publicadas pelo INE, até junho os estabelecimentos de alojamento turístico registaram 14,9 milhões de hóspedes (+3,6%) e 36,4 milhões de dormidas (+2,4%), que deram origem a 2.995,5 milhões de euros de proveitos totais (resultantes de toda a atividade do estabelecimento hoteleiro, +7,8%) e 2.268,2 milhões de euros de proveitos de aposento (apenas referentes às dormidas, +8,0%).
As dormidas de residentes aumentaram 6,0%, correspondendo a 10,7 milhões, enquanto as de não residentes cresceram 1,0%, totalizando 25,8 milhões.
Considerando apenas o segundo trimestre do ano, os proveitos totais do alojamento turístico cresceram 9,4%, para 2.042 milhões de euros, e os relativos a aposento subiram 9,8%, para 1.569,4 milhões (no trimestre anterior estes indicadores tinham crescido 4,6% e 4,1%, respetivamente).
Segundo ressalva o instituto estatístico, estes resultados foram influenciados pelo facto de o período de férias da Páscoa ter ocorrido este ano no segundo trimestre, enquanto em 2024 se concentrou essencialmente no primeiro trimestre.
De abril a junho, o setor do alojamento turístico registou 9,2 milhões de hóspedes (+4,4%) e 23,0 milhões de dormidas (+4,2%), indicadores que no primeiro trimestre tinham registado variações de +2,4% e -0,4%, respetivamente.
Os mercados externos foram dominantes, representando 72,3% do total das dormidas, num total de 16,7 milhões (+2,9%). Ainda assim, o seu peso recuou 0,9 pontos percentuais face ao trimestre homólogo, o que faz deste o terceiro trimestre consecutivo com uma diminuição homóloga do peso dos mercados externos.
Já as dormidas de residentes aumentaram 7,6% para 6,4 milhões, sendo este o terceiro trimestre consecutivo em que a taxa de crescimento das dormidas é maior no mercado interno do que nos não residentes.
No segundo trimestre, as dormidas cresceram nos três segmentos: +4,0% na hotelaria (81,2% do total), +3,0% no alojamento local (peso de 14,9% no total), +13,1% no turismo no espaço rural e de habitação (quota de 3,9%).
A Grande Lisboa foi a região que apresentou, em termos de dormidas, maior dependência dos mercados externos (82,9% do total), seguida pela Madeira (82,4%) e pelo Algarve (81,4%).
Em sentido contrário, no Centro e no Alentejo as dormidas de não residentes apresentaram menor expressão nos totais regionais (34,6% e 36,0%, respetivamente)
No segundo trimestre, o Algarve foi a região que concentrou mais dormidas (27,1% do total), seguida da Grande Lisboa (23,4% do total) e do Norte (17,8%). As dormidas de residentes concentraram-se mais no Norte (21,7% do total) e as dos não residentes ocorreram, principalmente, no Algarve (30,5% do total).
O mercado britânico manteve a liderança, respondendo por 19,3% do total das dormidas de não residentes, registando um crescimento de 1,9% face ao trimestre homólogo.
Já as dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor (11,3% do total), aumentaram 2,1%, seguindo-se o mercado norte-americano (quota de 10,4%), que cresceu 5,9%.
No grupo dos 10 principais mercados emissores no segundo trimestre, o mercado espanhol registou o maior crescimento (+9,2%). Em sentido contrário, o francês apresentou a maior quebra (-9,3%).
De abril a junho, todas as regiões registaram crescimento nas dormidas, sendo que os maiores aumentos ocorreram no Norte (+8,7%) e no Alentejo (+8,1%), enquanto a Grande Lisboa registou o crescimento mais modesto (+0,9%).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu 80,9 euros no segundo trimestre, registando um aumento de 7,3% (+2,8% no trimestre anterior). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 127,5 euros (+5,3%, após +2,8% no trimestre anterior).
O valor de RevPAR mais elevado foi registado na Grande Lisboa (129,7 euros), seguindo-se a Madeira (105,7 euros), tendo-se a Área Metropolitana de Lisboa destacado ainda com o valor mais elevado de ADR (165,3 euros), seguida da Madeira (128,0 euros).
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 9,8 milhões de hóspedes e 24,8 milhões de dormidas no segundo trimestre (+4,0% e +4,2%, respetivamente).
Ainda segundo o INE, a remuneração bruta mensal por trabalhador ao serviço (por posto de trabalho) em atividades de alojamento aumentou 6,6% no segundo trimestre face ao período homólogo, situando-se em 1.370 euros, 372 euros abaixo do registado no total da economia, em que a remuneração aumentou 6,0%.
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