Ir ao supermercado sai quase 21 euros mais caro do que no mesmo período do ano passado, divulgou a DECO PROTeste, esta quinta-feira, no âmbito da sua monitorização semanal dos preços.
Os dados mostram que o preço do cabaz alimentar continua a aumentar: "Esta semana, a 13 de agosto, custava 244,30 euros, mais 3,65 euros (mais 1,52%) do que na semana anterior. Este é um dos preços mais elevados desde que a organização de defesa do consumidor começou a acompanhar o preço desta cesta de bens essenciais".
"No início deste ano, a 1 de janeiro, o cabaz alimentar custava menos 8,14 euros (menos 3,45%). Já em janeiro de 2022, quando a DECO PROteste iniciou esta análise, os consumidores gastavam menos 56,60 euros (menos 30,16%) para comprar exatamente os mesmos produtos alimentares", pode ler-se na nota divulgada.
Comparando com há um ano, "entre o dia 14/08/24 e o dia 13/08/25 existe uma diferença de 20,48 euros quando comparado o mesmo cabaz nos 2 dias (9,15 %)".
Quais os produtos que mais aumentaram?
Na última semana, entre os dias 6 e 13 de agosto, além do café torrado moído (+15%), os produtos cujo preço mais aumentou percentualmente foram os flocos de cereais (mais 18%), os cereais integrais (mais 12%) e as ervilhas ultracongeladas (mais 10 por cento).
O café destaca-se porque numa semana, "o preço do café torrado moído aumentou 67 cêntimos (mais 15 por cento)", sendo que "uma pequena embalagem de 250 gramas de café pode agora custar 5,16 euros".
"O preço deste produto tem registado várias subidas e descidas ao longo dos últimos meses, mas atingiu esta semana o preço mais elevado do ano. Na primeira semana do ano, para comprar exatamente a mesma embalagem de café, os consumidores gastavam 3,81 euros, ou seja, menos 1,35 euros (menos 35 por cento)", nota a DECO PROTeste.
Já há cerca de três anos, quando a DECO PROteste iniciou esta análise, este produto custava 2,99 euros, menos 2,16 euros (menos 72 por cento).
Se compararmos os preços desta semana com os da primeira semana do ano, a 1 de janeiro de 2025, a maior subida percentual de preço verificou-se em produtos como o café torrado moído (mais 35%), os ovos (mais 28%) e os brócolos (mais 27 por cento).
Já desde que a DECO PROteste iniciou esta análise, a 5 de janeiro de 2022, os maiores aumentos percentuais foram os da carne de novilho para cozer (mais 92%), dos ovos (mais 81%) e do café torrado moído (mais 72 por cento).
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