Em declarações à Lusa, Carlos Silva, recém-eleito presidente da FPT, explicou que se deslocou ao local por ter tido conhecimento de que havia uma situação a decorrer no aeroporto entre taxistas e os chamados "angariadores" de clientes.
"Há uma situação com angariadores que têm carros pintados com as cores dos táxis, mas que não o são, nem sequer representam outras alternativas de transporte [TVDE], o que causou uma revolta e indignação", disse Carlos Silva.
O responsável acrescentou que os taxistas que fazem serviço no aeroporto "imobilizaram-se espontaneamente", subindo de tom a sua indignação perante uma situação que, referiu, "já não é nova".
De acordo com Carlos Silva, cerca das 16:00, encontravam-se entre "250 a 300 taxistas" parados, no parque superior e inferior, que não recolhem passageiros "desde o final da manhã", situação que deverá ser desbloqueada "em breve".
"Estamos a tomar posse da Federação e a enviar ofícios às autoridades para reuniões. Esta questão tem de ser tratada, alguma coisa tem de mudar", afirmou, reconhecendo tratar-se de um problema que já vem sendo falado há algum tempo.
Segundo Carlos Silva, os motoristas de táxi "continuam indignados" com a situação, adiantando ter chegado a um compromisso com as autoridades presentes no local para agilizar uma reunião sobre o assunto.
Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP confirmou à Lusa que os agentes foram acionados para uma situação no aeroporto, "que não é uma manifestação".
"Os taxistas insurgiram-se contra os angariadores de clientes que se encontram à porta do aeroporto e se deslocam lá dentro e entraram em troca de palavras", precisou.
Segundo a fonte, do grupo inicial faziam parte "cerca de 20 taxistas".
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