A próxima semana vai trazer mexidas nos preços dos combustíveis, mas só no caso do gasóleo, já que o preço da gasolina deverá manter-se.
Fontes do setor consultadas pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) revelam que o preço do gasóleo deverá baixar 1,5 cêntimos. Já a gasolina simples 95 deverá continuar nos níveis atuais.
"Caso se confirmem as previsões para a próxima semana, o preço médio do gasóleo simples deverá descer para os 1,538 euros por litro enquanto o da gasolina simples 95 vai manter-se nos 1,693 euros por litro", pode ler-se no site do ACP.
Isto numa altura em que, "de acordo com a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), o preço médio do litro de gasóleo em Portugal custava quinta-feira (14 de agosto) 1,553 euros, enquanto o do gasolina valia 1,693 euros".
O ACP nota que "estas previsões são feitas com base na assunção da manutenção das medidas extraordinárias de redução fiscal aplicadas pelo governo, para mitigar o aumento dos preços".
"As medidas em vigor incluem a redução do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) e a compensação da receita adicional do IVA", pode ler-se.
Como está o mercado petrolífero?
A cotação do barril de Brent para entrega em outubro terminou, na quarta-feira, no mercado de futuros de Londres em baixa de 0,74%, para os 65,63 dólares.
O crude do Mar do Norte, de referência na Europa, fechou a sessão no Intercontinental Exchange a cotar 0,49 dólares abaixo dos 66,12 dólares no encerramento das transações na terça-feira.
O Brent perdeu terreno depois de o relatório mensal da Agência Internacional de Energia (AIE) ter alertado que a produção adicional de petróleo por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados corre o risco de desequilibrar o mercado do crude.
A AIE reduziu as estimativas para o consumo global para uma média de 103,737 mil milhões de barris por dia (mbd) para 2025, menos 20 mil barris do que tinha previsto em julho.
Por seu lado, a OPEP reviu ligeiramente em alta a previsão para a procura global de crude em 2026 esta semana, embora tenha mantido inalteradas as projeções para 2025.
Esta decisão reforçou a perspetiva otimista do grupo, que tem defendido os aumentos de produção que tem vindo a implementar mensalmente desde abril para reverter os cortes voluntários adotados em 2023.
Os investidores continuam a aguardar as conversações agendadas entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, na sexta-feira, no Alasca, sobre a guerra na Ucrânia, situação que afeta os mercados petrolíferos desde fevereiro de 2022.
O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, alertou que, se a reunião não for bem-sucedida, poderão ser aumentadas sanções ou tarifas secundárias a Moscovo, declarações também suportadas por cerca de 30 líderes numa videoconferência conjunta com Trump.
[Notícia atualizada às 10h24]
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