Lucros do BCP sobem 3,9% para 243,5 milhões no 1.º trimestre

O BCP teve lucros de 243,5 milhões de euros no primeiro trimestre, mais 3,9% do que nos primeiros três meses de 2024, divulgou hoje o banco em conferência de imprensa.

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Lusa
21/05/2025 17:17 ‧ há 6 horas por Lusa

Economia

BCP

Segundo o presidente executivo do BCP, Miguel Maya, este foi um resultado líquido "bastante razoável", tendo em conta a "situação geopolítica bastante difícil".

 

A margem financeira (diferença entre juros cobrados nos créditos e juros pagos nos depósitos) subiu 3,6% para 721,1 milhões de euros e as comissões aumentaram 2,1% para 201,4 milhões de euros.

Apenas na atividade em Portugal, os lucros do BCP subiram 7,6% para 218,9 milhões de euros.

Já na operação internacional registou um lucro de 24,5 milhões de euros, recuando 20,2% face ao primeiro trimestre de 2024, refletindo a descida de 84,3% para 3,7 milhões de euros em Moçambique.

Referindo que o BCP está em Moçambique há 30 anos, o presidente executivo do banco afirmou que a operação é "resiliente" e que a queda dos lucros se deveu ao corte do 'rating' do país, motivado pela instabilidade política, o que levou o banco a constituir provisões de 18 milhões de euros.

Relativamente à operação na Polónia, os lucros aumentaram 39,6% para 42,8 milhões de euros, considerando o gestor que está reposta a normalidade do Bank Millennium, depois de nos últimos anos o banco polaco detido pelo BCP ter sido penalizado pela concessão, no passado, de créditos hipotecários em francos suíços.

Para a subida de 3,6% da margem financeira contribuiu essencialmente o desempenho da operação internacional (em que esta rubrica avançou 10,7% para 395,2 milhões de euros), já que em Portugal se observou uma descida homóloga de 3,9%, para 325,8 milhões de euros, determinada pela "redução das taxas de juro, com especial impacto na carteira de crédito".

Miguel Maya considerou, contudo, que a margem financeira foi "resiliente", tendo em conta o contexto de descida das taxas.

Nas comissões, registou-se uma subida de 3,9% em Portugal e um recuou de 2,5% nas operações internacionais.

Os custos operacionais avançaram 10,4% para 339,7 milhões de euros, com os custos com pessoal a subirem 13,5% para 188,1 milhões de euros.

As imparidades e outras provisões caíram 15,4% no primeiro trimestre para 191,2 milhões de euros.

A carteira de crédito aumentou 2,2% para 58,1 mil milhões de euros, nos primeiros três meses deste ano face ao mesmo período de 2024, uma subida explicada pela subida de 28,1 mil milhões para 29,2 mil milhões de euros do crédito à habitação e no acréscimo registado no crédito pessoal (que subiu de 6,9 mil milhões para 7,6 mil milhões de euros). Já a carteira de crédito a empresas recuou ligeiramente de 21,8 mil milhões para 21,3 mil milhões de euros.

Os recursos de clientes cresceram 6,1% para 104,6 mil milhões de euros, com a maior subida a acontecer nos depósitos à ordem (cujo valor avançou de 44,5 para 48,5 mil milhões de euros), registando-se uma ligeira subida (de 36,3 para 36,6 mil milhões de euros) nos depósitos a prazo.

O BCP tinha 6.229 trabalhadores no primeiro trimestre deste ano (menos 40 do que no trimestre homólogo), tendo registado também um decréscimo de duas sucursais, tendo agora 397.

[Notícia atualizada às 18h16]

Leia Também: PSI em máximos com BCP a subir 2,17% e Sonae a cair 4,35%

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