Depois do recado de Bruxelas, chega o do FMI: "O que Portugal precisa..."

Na terça-feira, também o Fundo Monetário Internacional (FMI) teceu alguns comentários sobre o país e, inclusive, deixou uma recomendação. 

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Notícias ao Minuto com Lusa
21/05/2025 08:39 ‧ há 5 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Economia

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Esta semana, a Comissão Europeia atualizou as projeções económicas para Portugal e deixou uma série de recados ao novo Executivo. Na terça-feira, também o Fundo Monetário Internacional (FMI) teceu alguns comentários sobre o país e, inclusive, deixou uma recomendação. 

 

"O que Portugal precisa..."

O FMI aconselha Portugal a uma política orçamental mais flexível este ano devido ao impacto económico das tensões comerciais causadas pelas tarifas norte-americanas, pedindo ainda mais investimento público para aumentar o crescimento a longo prazo.

"Apoiamos uma política orçamental mais flexível em 2025, tendo em conta alguns dos fatores adversos a que assistimos do lado comercial", afirmou o diretor para a Europa do FMI, Alfred Kammer, em entrevista à agência Lusa em Bruxelas.

"Quando olhamos para a nossa previsão do lado orçamental, a longo prazo, Portugal deverá continuar a ter um excedente primário e a reduzir a dívida pública", acrescentou.

De acordo com o responsável do FMI, "o que Portugal precisa a médio prazo é de um aumento do investimento público".

Para Alfred Kammer, a "absorção total" dos fundos e a implementação das reformas apoiadas pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) "são especialmente importantes" e urge pensar já num programa que lhe suceda.

"A implementação do PRR, tanto do lado do investimento público como do lado das reformas estruturais, é crucial porque ajudará a aumentar a produtividade e o crescimento a longo prazo", assinalou.

Além disso, "quando esse programa terminar [em 2027], a manutenção do mesmo nível de investimento terá de ser financiada pelo orçamento de Portugal e, como é óbvio, precisamos de ter espaço orçamental para o fazer", sugeriu.

Nesta entrevista à Lusa, Alfred Kammer defendeu ainda que "poderá ser criado espaço adicional através de uma série de reformas que o FMI tem vindo a discutir com o Governo, incluindo a reforma fiscal e a utilização de revisões da despesa para aumentar a eficiência".

"E também precisamos de pensar em como lidar com as pressões adicionais sobre as despesas [decorrentes do envelhecimento da população, da transição ecológica, da defesa] utilizando parte desse espaço orçamental", propôs ainda.

A posição surge um dia após a divulgação das previsões de primavera da Comissão Europeia, mais pessimistas do que as do FMI e as do Governo português.

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Notícias ao Minuto com Lusa | 07:28 - 20/05/2025

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