O diretor-executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, não afasta a possibilidade de a instituição que lidera avançar para a compra do Novo Banco. Além disso, antevê uma nova descida das taxas de juro.
Em entrevista à CNN Portugal, quando questionado sobre as notícias de que o Caixabank estará interessado em adquirir o Novo Banco e se, nesse cenário, a CGD pondera avançar para evitar o domínio por parte dos espanhóis de grande parte da banca nacional, Paulo Macedo respondeu que a CDG precisa de mais informação e que "qualquer movimento que faça será em sintonia com o seu acionista".
"O que a Caixa disse sempre é que gostaria de crescer na área das empresas e das pequenas e médias empresas e, portanto, é essa a área que nós sentimos uma vontade de crescer. Não é tanto em áreas onde já temos quotas de mercado muito fortes. (...) Nós continuamos atentos à possibilidade de aquisição de algo que crie complementariedade à Caixa, de algo que crie sinergias e de algo que possamos aplicar o dinheiro dos contribuintes de uma forma válida, positiva, sustentável e rentável para o futuro", acrescentou.
Na mesma entrevista, Paulo Macedo adiantou que a CGD está a trabalhar num cenário otimista em relação à evolução das taxas de juro, acreditando que o BCE vai manter essa política.
"O cenário apontado era para cerca de 2%, 1,75%, no final do ano. Eu penso que poderá ficar mais no intervalo superior, porque há mais pressões para a inflação, designadamente através das tarifas", referiu. "Há 12 meses, basicamente, o que nós víamos era um caminho mais claro de descida das taxas de juros. Agora vemos maiores possibilidades de pressão da inflação e, portanto, pode não haver uma descida tão grande, mas o nosso cenário é que vai haver uma descida", resumiu.
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