Despesa com atividades de inovação aumenta 42% em 2022 face a 2020
A despesa total com atividades de inovação atingiu 3.882,2 milhões de euros em 2022, mais 41,9% do que em 2020, continuando a pesar 1,0% no volume de negócios das empresas, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
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Economia INE
Segundo os resultados do "Inquérito Comunitário à Inovação" do INE, entre 2020 e 2022 o maior aumento absoluto da despesa com inovação registou-se no setor da informação e comunicação (+356,3 milhões de euros), seguindo-se os outros serviços (+237,1 milhões de euros) e os transportes e armazenagem (+216,9 milhões de euros).
Os restantes setores registaram aumentos entre 19,0 milhões de euros na construção e atividades imobiliárias e 84,0 milhões de euros na indústria e energia.
Em 2022, as empresas da informação e comunicação executaram também uma despesa com inovação em percentagem do volume de negócios superior às restantes (5,1%), seguindo-se as dos outros serviços (2,4%) e as da agricultura e pescas (1,4%).
No sentido oposto, as empresas do comércio e da construção e atividades imobiliárias registaram a menor proporção (0,3% em cada um dos setores).
A despesa com inovação correspondeu a 0,9% do volume de negócios das empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço e 1,1% nas restantes (1,1% e 1,0%, respetivamente, em 2020).
Do inquérito do INE resulta ainda que 15,2% do volume de negócios das empresas em 2022 resultou da introdução de produtos novos ou melhorados (+1,4 pontos percentuais face a 2020 e +4,0 pontos percentuais face a 2018), sendo que 10,8% resultou da introdução de bens ou serviços novos para a empresa e 4,4% da introdução de bens ou serviços novos para o mercado (9,5% e 4,3% em 2020, respetivamente).
Segundo o instituto estatístico, entre 2020 e 2022, 44,7% das empresas tiveram atividades de inovação, o que compara com 48,0% entre 2018-2020 e 32,4% entre 2016-2018.
Por tipo de inovação, 22,6% das empresas introduziram inovação de produto (bens ou serviços) e 40,4% introduziram inovação de processo (22,3% e 42,7%, pela mesma ordem, no período 2018-2020).
Se, entre as empresas com 250 ou mais pessoas, 79,1% eram inovadoras, no escalão de 10 a 249 pessoas ao serviço a percentagem de empresas com atividades de inovação desce para 43,9%.
Por atividade económica, o setor da informação e comunicação volta a destacar-se como o que registou a maior proporção de empresas inovadoras (71,2%), seguido dos serviços financeiros (65,6%), do comércio (48,4%) e dos outros serviços (46,6%).
No mesmo período, 51,9% das empresas inovadoras introduziram inovações com benefícios ambientais obtidos na empresa e/ou durante o consumo ou uso dos bens ou serviços pelo utilizador final, sendo que para 49,6% foram inovações com benefícios ambientais obtidos na empresa e para 42,0% foram inovações com benefícios obtidos durante o consumo ou uso dos bens ou serviços pelo utilizador final.
No período de 2020 a 2022, do total de empresas, 7,2% eram inovadoras e cooperaram com outras empresas ou organizações em atividades de Investigação & Desenvolvimento (I&D) ou em outras atividades de inovação (+1,9 pontos percentuais face a 2018-2020).
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