Meteorologia

  • 02 MAIO 2024
Tempo
10º
MIN 10º MÁX 17º

BCE considera improvável subida de preços por aumento de salários

A presidente do Banco Central Europeu (BCE) disse hoje que a política monetária restritiva da instituição e as expectativas de inflação atuam como "salvaguardas" para uma possível espiral de subida de preços em consequência do aumento dos salários.

BCE considera improvável subida de preços por aumento de salários
Notícias ao Minuto

18:42 - 26/02/24 por Lusa

Economia Christine Lagarde

Christine Lagarde falava no Parlamento Europeu, num debate sobre o relatório anual de atividade do BCE em 2022 no qual os eurodeputados manifestam preocupação com potenciais efeitos que resultam do aumento de salários.

"A nossa política monetária restritiva, o declínio acentuado da inflação e as expectativas de inflação a longo prazo firmemente ancoradas funcionam como uma salvaguarda face a uma espiral sustentada de salários e preços", disse Lagarde, citada pela agência Efe.

A instituição prevê que o crescimento salarial "se torne um impulso cada vez mais importante da dinâmica de inflação nos próximos trimestres", devido às exigências dos trabalhadores para que os salários acompanhem a inflação, mas considera que parte do aumento dos custos laborais é suportado pelos lucros das empresas e não está a ser totalmente transferido para os consumidores.

Lagarde já tinha afirmado, na semana passada, que os registos de salários relativos ao último trimestre de 2023 foram "encorajadores" e assegurou que o BCE espera ter dados sobre as negociações salariais dos primeiros três meses deste ano antes de tomar alguma decisão sobre as taxas de juro.

Hoje, a líder do BCE disse que este prevê que "o atual processo de desinflação continue" nos próximos meses, mas necessita de ter mais confiança quanto à trajetória da inflação para a meta de 2%.

As decisões sobre a política de taxas continuarão a ser tomadas com base nos dados recebidos pela instituição, tendo em conta as perspetivas de inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária, reiterou Lagarde.

O BCE decidiu na reunião de política monetária realizada em 24 e 25 de janeiro manter, pela terceira vez consecutiva, as taxas de juro, com a principal taxa de juro de refinanciamento em 4,5%, a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez em 4,75% e a taxa de depósitos em 4%.

A presidente do BCE também mencionou a situação económica na zona euro, onde o Produto Interno Bruto (PIB) estagnou no final de 2023, com uma procura menor das exportações devido à debilidade do comércio global e endurecimento das condições financeiras.

Lagarde indicou que em alguns setores "há sinais crescentes" que apontam para uma recuperação ao longo este ano.

Leia Também: Baixar juros? BCE tem de estar "mais confiante" sobre inflação

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório