Exportações do Norte sobem no 3.º trimestre à custa do preço e quantidade
As exportações de bens do Norte aumentaram 18,5% no terceiro trimestre de 2022 face ao ano passado, à custa "de um efeito-quantidade e de um efeito-preço" no comércio internacional, segundo um relatório consultado hoje pela Lusa.
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Economia Exportações
"As exportações de bens do Norte aumentaram, em termos homólogos, 18,5% no terceiro trimestre de 2022, num contexto assinalado pela escalada dos preços a nível mundial", pode ler-se no relatório Norte Conjuntura, elaborado trimestralmente pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Já as importações também registaram "crescimentos bastante acentuados", tendo aumentado, no Norte, 26,7% em termos homólogos face ao mesmo período do ano passado.
"O incremento em valor das exportações e das importações de bens do Norte e de Portugal continua a resultar de um efeito-quantidade e de um efeito-preço", aponta a CCDR-Norte no documento.
Segundo o relatório, "no primeiro caso, o aumento da procura externa e interna tem vindo a promover o crescimento das exportações e das importações de bens em volume, sendo importante para o aumento da produção e para a manutenção do emprego e do consumo num nível elevado".
"No segundo caso, numa conjuntura marcada pelo aumento dos custos energéticos, de transporte e das matérias-primas, os preços dos bens praticados no comércio internacional registaram um aumento, de modo que este efeito-preço também contribuiu para o crescimento das exportações e das importações em valor", aponta o texto.
De acordo com o documento da CCDR-Norte, "os principais produtos exportados a partir do Norte cresceram no terceiro trimestre de 2022 em relação ao trimestre homólogo de 2021".
"Esta evolução ocorreu tanto nos bens de maior incorporação tecnológica e conhecimento, como nos produtos mais intensivos em trabalho pertencentes às indústrias com forte implementação tradicional na economia do Norte, sendo revelador do bom momento do 'cluster' exportador da região", aponta o texto.
Assim, exportações relacionadas com o setor automóvel "aumentaram, em termos homólogos, 14,9%" no terceiro trimestre de 2022, tendo sido a classe "mais exportadora do Norte, com 602 milhões de euros" no período.
"As exportações do vestuário e seus acessórios, de malha, aumentaram 13,2%", as das "máquinas, aparelhos e materiais elétricos e suas partes registaram um aumento homólogo de 26,6%" as de "calçado, polainas e artefactos semelhantes observaram um acréscimo de 16,6%", e os móveis, mobiliário médico-cirúrgico e colchões aumentaram 17,4%.
Para o futuro, a CCDR-Norte menciona que, segundo as previsões do Banco Central Europeu (BCE), se espera "uma redução do crescimento económico da União Europeia durante o ano de 2023".
Essa redução "poderá provocar uma desaceleração no ritmo de crescimento das exportações de bens do Norte, tanto ao nível dos bens de consumo, como de capital e de bens intermédios".
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