Governo vai reunir com associações de transporte de mercadorias
Transportadoras têm protestado devido ao aumento dos preços dos combustíveis.
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Economia Combustíveis
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, garantiu, esta segunda-feira, que o Governo está a tentar “estudar as melhores medidas” no que diz respeito à subida dos preços dos combustíveis e adiantou que o Executivo vai reunir esta semana com o setor do transporte de mercadorias, em protesto devido a estes aumentos.
“Nós estamos atentos, estamos a tentar estudar as melhores medidas”, começou por dizer o governante, que falava aos jornalistas à margem da inauguração da exposição comemorativa do 77.º aniversário da TAP, no Museu do Ar, em Sintra.
“Não há milagres e temos todos de entender que percebendo e estando conscientes das dificuldades que os nossos transportadores estão a sentir, que as possibilidades de o Estado resolver não são ilimitadas e, por isso, nós vamos tentar encontrar soluções (…) vamos fazer esse esforço e temos reuniões marcadas com associações que representam o setor e é com elas que vamos trabalhar”, revelou.
O ministro lembrou que o Governo tem feito” um grande esforço” nesta matéria e reiterou que as possibilidades não são “ilimitadas”, sublinhando que a escalada do preço dos combustíveis se deve a uma conjuntura internacional, garantindo que o executivo "está atento e a estudar medidas".
“Quando nós puxamos a manta, estamos a descobri-la noutro sitio”, destacou. “E a verdade é que, em matéria de financiamento, estamos a passar todos coletivamente por uma dificuldade e, por isso, temos de ser muito cautelosos quando tomamos medidas que têm impacto financeiro e orçamental como é evidente”, completou.
Entretanto, em comunicado, a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) adiantou que a reunião terá lugar na quarta-feira.
“Após muita insistência por parte da ANTP, fomos contactados durante o dia de ontem, para sermos recebidos na próxima quarta-feira pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, a fim de apresentarmos e discutirmos propostas a serem tomadas com efeitos imediatos que permitam aliviar a pressão sentida na tesouraria das empresas do nosso setor”, informaram.
Sublinhe-se que mais de duas centenas de empresários do setor do transporte de mercadorias avançaram esta segunda-feira com a paralisação de 20% das suas frotas, em protesto contra a subida dos preços dos combustíveis.
Este domingo, em declarações à agência Lusa, Paulo Paiva, porta-voz da plataforma Sobrevivência pelo Setor, explicou que entre as reivindicações estão a redução nas portagens da classe quatro para a classe dois, a redução provisória de impostos, a redução direta no fornecedor do gasóleo profissional, a obrigatoriedade da anexação da variação do valor do combustível na fatura de frete ou o alargamento do gasóleo profissional a viaturas de peso igual ou superior a 7,5 toneladas. Para o porta-voz, estas são propostas exequíveis e que estão “ao alcance do Governo”.
Recorde-se que os preços dos combustíveis dispararam nas últimas semanas, atingindo os níveis mais altos da última década na Europa e nos EUA.
Em Portugal, o gasóleo sofreu na semana passada um agravamento superior a 14 cêntimos por litro, enquanto a gasolina ficou cerca de oito cêntimos mais cara. A partir de hoje, o preço por litro do gasóleo deverá subir 13,6 cêntimos e o da gasolina 9,3 cêntimos – de acordo com as contas feitas pela Lusa com base nos números fornecidos pelo Governo para a redução do ISP.
[Notícia atualizada às 11h43]
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