Pelo menos 30 homens ucranianos morreram ao tentar atravessar ilegalmente as fronteiras da Ucrânia para tentar evitar combater na guerra contra a Rússia.
A informação foi avançada pelo porta-voz do Serviço Estatal da Guarda de Fronteiras da Ucrânia à agência noticiosa Ukrinform.
"Muitos percebem que não têm forças para atravessar um rio ou as montanhas e é assim que alguns perderam a vida", declarou Andri Demchenko.
Desde o momento em que a lei marcial entrou em vigor, Demchenko revelou que foram descobertos cerca de 450 grupos criminosos de tráfico humano através da fronteira.
Apesar de haverem algumas exceções, os homens ucranianos com idades compreendidas entre os 18 e os 60 anos não estão autorizados a sair do país, uma vez que podem ser mobilizados para o Exército ucraniano.
"As tentativas de atravessar ilegalmente a fronteira ocorrem todos os dias. A maioria ocorre fora dos postos de controlo fronteiriços, na fronteira com a Moldávia e a Roménia. O maior número de pessoas com documentos falsos é registado na fronteira com a Polónia”, acrescentou Demchenko.
No início deste mês, cerca de 10 homens são detidos a tentar 'fuga' da Ucrânia.
Na semana passada, segundo a AP, a Ucrânia suspendeu os serviços consulares para os cidadãos do sexo masculino em idade militar até 18 de maio, criticando os ucranianos no estrangeiro que esperavam receber ajuda do Estado sem ajudarem a lutar pela sobrevivência e soberania do próprio país.
De recordar que a ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.
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