EUA acusam Hong Kong de reprimir celebrações do Dia da Independência

Os Estados Unidos condenaram "a repressão" por parte das autoridades de Hong Kong das celebrações do Dia da Independência norte-americana, após relatos de que professores e alunos foram desencorajados a participar em eventos.

Dia da Independência Hong Kong

© Matt Hunt/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
25/06/2025 06:41 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

EUA

Citado pela agência Associated Press, o consulado norte-americano na região semiautónoma da China acusou, na terça-feira, o Executivo de Hong Kong de interferir nas atividades promovidas pela missão diplomática, sublinhando que embaixadas e consulados dos EUA em todo o mundo comemoram anualmente o 4 de Julho com receções e outras festividades.

 

"Condenamos a repressão exercida pelo Executivo de Hong Kong às celebrações do Dia da Independência dos EUA", afirmou o consulado. "As tentativas de classificar estas atividades como 'ilegais' revelam apenas a sua insegurança e medo da liberdade", acrescentou.

A crítica surge dias depois de a página "Edu Lancet", na rede social Facebook, ter noticiado que o Gabinete de Educação da cidade enviou "lembretes amigáveis" a várias escolas, aconselhando os professores a não participarem de forma leviana nos eventos do consulado e a estarem atentos a possíveis violações da lei de segurança nacional. A mesma mensagem sugeria ainda que as escolas dissuadissem os alunos de participarem nas comemorações.

A AP não conseguiu verificar de forma independente os relatos da página, que costuma divulgar atualizações sobre o setor do ensino.

O jornal local South China Morning Post também reportou que as autoridades recordaram às escolas a necessidade de vigilância face a eventuais tentativas de promover o Dia da Independência dos EUA dentro dos estabelecimentos de ensino.

Em resposta a questões colocadas pela imprensa local, o Gabinete da Educação de Hong Kong afirmou ter emitido orientações administrativas e pedagógicas às escolas, exigindo que adotem medidas próprias para salvaguardar a segurança nacional, sem no entanto confirmar o conteúdo exato dos avisos.

"As escolas têm a responsabilidade de ser bons guardiões e de reforçar a sensibilidade de professores e alunos em relação à segurança nacional", referiu o gabinete.

O secretário para a Segurança de Hong Kong, Chris Tang, acusou anteriormente o fundador da página Edu Lancet, Hans Yeung, de aproveitar oportunidades para incitar divisões na sociedade, numa entrevista publicada em março.

Pequim impôs a controversa Lei de Segurança Nacional a Hong Kong em 2020, na sequência dos protestos antigovernamentais em larga escala de 2019, alegando ser necessária para restaurar a estabilidade na cidade.

Desde então, dezenas de figuras proeminentes do movimento pró-democracia foram processadas ou presas, enquanto outras optaram pelo exílio.

O receio em torno da lei levou muitas famílias de classe média e jovens profissionais a emigrar.

Leia Também: Hong Kong recebe primeiros alunos de Harvard impedidos de ficar nos EUA

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