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Reino Unido reduz importações de vinho português

A descida da taxa de inflação e a perda de poder de compra dos britânicos também teve impacto nas importações de vinho português em 2013, reconheceu hoje o presidente da ViniPortugal, Jorge Monteiro.

Reino Unido reduz importações de vinho português
Notícias ao Minuto

18:55 - 05/03/14 por Lusa

Economia Poder de compra

"Tivemos uma ligeira queda [em relação a 2012] porque o mercado retraiu, os britânicos estão a perder poder de compra", justificou, durante a prova anual em Londres organizada pela associação interprofissional do setor vitivinícola.

A taxa de inflação britânica caiu em janeiro para 1,9 por cento, o valor mais baixo em mais de quatro anos.

De acordo com os números do Instituto da Vinha e do Vinho, as importações de vinho engarrafado português, licorosos, como o do Porto ou da Madeira, e espumantes, para o Reino Unido desceram 9,7 por cento em volume, de 213,362 hectolitros em 2012 para 192.584 hectolitros no ano passado.

Já em termos de valor, houve uma quase estagnação, registando apenas uma subida de 0,2 por cento, de 71,497 milhões de euros em 2012 para 71,645 milhões de euros.

"É um mercado muito difícil, onde há uma grande pressão fiscal e sobre o preço, mas também uma grande abertura a produtos novos por parte de lojas independentes e da restauração", vincou.

Júlio Bastos, da Quinta do Carmo, no Alentejo, disse à agência Lusa que, apesar de ter um importador britânico, as vendas para o Reino Unido são pequenas em relação a mercados como Angola, EUA, Suíça, Bélgica e Brasil.

"Aqui querem preços baixos e por isso não entramos nos supermercados, os meus vinhos só vão para bons restaurantes", explicou.

Jorge da Quinta, que começou a produzir vinho verde em Mondim de Basto no ano passado, veio ao certame procurar um importador porque as margens de lucro podem ser boas, apesar de ter uma pequena produção.

"O mercado inglês é 'premium'", garante.

Para Luís Castro, da Falua, um dos produtores com maior presença nos grandes retalhistas britânicos, o segredo tem sido "saber adaptar ao gosto inglês".

Isto implicou criar várias marcas, uma das quais, Tagus Creek, emulou nomes de vinhos australianos, e misturar castas tradicionais, como Trincadeira ou Aranogez, com outras estrangeiras, como Shiraz ou Cabernet Sauvignon.

Mas o resultado está à vista, garante: "Agora já conseguimos vender garrafas só de Touriga Nacional ou de Arinto. O país está lentamente a ter reconhecimento".

Segundo a ViniPortugal, participaram na prova de hoje, que incluiu pela primeira vez vinhos do Porto, cerca de 130 produtores e mais de 500 escanções, compradores, jornalistas, críticos de vinho, importadores e outros profissionais do setor britânicos.

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