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Cidade chinesa quer mediar conflitos comerciais com países lusófonos

O português Frederico Rato tornou-se o primeiro advogado de Macau a integrar a Comissão de Arbitragem de Guangzhou, cidade do sul da China, que quer apostar na mediação de conflitos comerciais com os países lusófonos.

Cidade chinesa quer mediar conflitos comerciais com países lusófonos
Notícias ao Minuto

00:01 - 28/04/21 por Lusa

Economia China

Frederico Rato disse à Lusa que a comissão sediada na capital de Guangdong, província adjacente a Macau, quer integrar peritos legais que dominem a língua portuguesa e conheçam os mercados lusófonos.

O objetivo da comissão é estar preparada para oferecer serviços jurídicos de arbitragem e mediação com que as empresas dos países de expressão portuguesa "se sintam também à vontade para recorrer", explicou o advogado.

A comissão acredita que poderá haver no futuro maior procura pela resolução extrajudicial de conflitos, uma vez que as trocas comerciais e investimentos que ligam a China aos mercados lusófonos "são cada vez mais intensos, nomeadamente com o Brasil, Angola e Moçambique", disse Frederico Rato.

As trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa caíram 3 por cento em 2020, mas subiram 19,6 por cento com Angola e 3,5 por cento com Moçambique, segundo estatísticas dos Serviços de Alfândega chineses.

A nomeação de Frederico Rato aconteceu a 30 de março, mas só foi revelada pela comissão à imprensa chinesa na segunda-feira.

Mas em fevereiro o advogado já tinha ajudado a comissão a estreitar ligações com centros de arbitragem no Brasil, incluindo a Câmara de Mediação de Conflitos da Associação de Comércio Exterior do Brasil.

O objetivo era lançar as bases para o estabelecimento de uma plataforma online de resolução de disputas comerciais que envolvam empresas chinesas e brasileiras, referiu Frederico Rato.

O advogado acredita que a nomeação do primeiro membro de Macau para a comissão reflete o papel da cidade como plataforma de ligação com os países de língua portuguesa.

A firma de advocacia Lektou, da qual Frederico Rato é fundador, abriu em março um escritório em Shenzhen, cidade adjacente a Hong Kong, após receber autorização do Departamento de Justiça da Província de Guangdong.

Leia Também: EUA pede a África para "exigir transparência" à China

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