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Imobiliário 2021: O que esperar quando tudo é inesperado?

Um artigo de opinião assinado por Guilherme Grossman, managing broker da eXp Portugal.

Imobiliário 2021: O que esperar quando tudo é inesperado?
Notícias ao Minuto

11:03 - 08/02/21 por Notícias ao Minuto

Economia Artigo de opinião

"Tudo fazia prever que 2020 ia ser mais um ano de crescimento, de novas distinções, de novos recordes de vendas, de muita construção nova, mas ainda durante o 1º trimestre tudo mudou.

Subitamente, os portugueses ficaram fechados em casa e os negócios foram congelados. Contudo, e provavelmente contra os receios iniciais, os portugueses mantiveram a vontade de vender o seu imóvel e/ou comprar um novo. Sim, houve diminuição da procura, sim, houve redução da oferta e no final do ano os números revelaram uma redução do número de transações. Mas, felizmente, não foi uma redução acentuada, os portugueses continuaram a investir em imobiliário e perceberam a importância de ter uma casa à sua medida.

Mais do que uma casa, um refúgio para a família. Um espaço maior, mais amplo, preparado para as novas eventualidade. Um espaço com qualidade no interior, mas sobretudo opções de exterior. Varandas, terraços, moradias com jardins, apartamentos em condomínios fechados, foram alguns dos requisitos mais procurados. Uma tendência que se espera que continue e que se acentue à medida o inesperado continua a condicionar o dia-a-dia. Mas, esta não é uma tendência exclusiva dos centros urbanos. Ao nível da periferia os portugueses procuraram quintas, herdades, casas rústicas, espaços onde conseguissem continuar a responder às necessidades e exigências do dia-a-dia, como o teletrabalho ou a telescola, mas longe o suficiente para se abstraírem da dura realidade das cidades vazias.

Esta procura crescente por mais espaço e espaço de qualidade não é apenas por comodidade. Seja para 1.ª habitação ou 2.ª, o imobiliário continua a ser a opção mais segura e mais atrativa, principalmente quando as taxas de juro se mantêm em níveis tão baixos, e os portugueses sabem disso. Por isso, investem.

Mas, será fácil fazer negócio em tempos de pandemia? Cada vez mais! A digitalização do setor imobiliário era inevitável, contudo foi acelerada por necessidade, tendo evoluído em poucos meses aquilo que era expetável para a próxima década. As novas tecnologias revelaram-se uma alternativa sólida para a execução de rotinas que antes em presenciais e as visitas virtuais, as visitas 3D, as reuniões online, as assinaturas digitais de contratos, conquistaram a confiança e tudo se tornou mais imediato, mais fácil, mais prático, com a vantagem de ser seguro.

Este foi um dos efeitos transformadores da pandemia e a maioria das empresas de mediação imobiliária tiveram que se ajustar, enquanto outras já faziam deste modelo virtual a sua base de trabalho, com provas dadas que este era o caminho.

Portanto, o que podemos esperar? Todas as crises geram oportunidades, mudanças, desafios e, no caso do imobiliário, esta veio demonstrar que quando se fecha uma porta, abre-se uma janela digital para o mundo. Ou seja, que nada vai voltar a ser como antes, mesmo quando tudo voltar a ser normal."

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