Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average, que menos perdeu, recuou 2,78%, para os 28.292,73 pontos.

No outro extremo, o tecnológico Nasdaq desvalorizou 4,96%, para as 11.458,10 unidades, com o alargado S&P500 a ficar no meio, com uma queda de 3,51%, para os 3.455,06 pontos.

Para Quincy Krosby, da Prudential Financial, "o mercado bolsista conheceu nas últimas semanas um crescimento demasiado explosivo, estava sobreavaliado e deveria esperar uma retração".

Na quarta-feira, o Nasdaq e o S&P500 tinham estabelecido novos recordes e o Dow Jones tinha acabado o melhor mês de agosto desde 1984, aproximando-se do seu máximo histórico.

Desde o descalabro bolsista de meados de março, e apesar de alguns acidentes de percurso, estes índices emblemáticos da praça nova-iorquina fizeram uma recuperação espetacular.

Estas subidas são tanto mais espantosas quando a economia dos Estados Unidos da América (EUA) permanece particularmente fragilizada pelas consequências da pandemia do novo coronavirus e a crise sanitária está longe de estar controlada no país.

Na quinta-feira, o Departamento do Trabalho divulgou uma descida nas novas inscrições para o subsídio de desemprego nos EUA, que foram 881 mil.

Na sexta-feira vai ser divulgado o sempre esperado relatório mensal sobre o emprego e a taxa de desemprego nos EUA.

Outra razão evocada por aquela operadora de mercado para justificar a forte queda de hoje foi a desconfiança quanto à comercialização iminente de uma vacina contra o novo coronavirus.

Os Centros de Prevenção e Luta contra as Doenças (CDC, na sigla em inglês) solicitaram "urgentemente" aos Estados que fizessem o necessário para que os centros de distribuição de uma futura vacina possam estar "completamente operacionais até ao dia 01 de novembro de 2020".

Contudo, Quincy Krosby recordou que, "na noite de quarta para quinta-feira, viu-se os médicos a explicar na comunicação social que isso não seria possível, questionando-se se os CDC não estariam a ser utilizados para fins políticos".

As eleições presidenciais nos EUA são em 03 de novembro.

Os grandes nomes do setor da tecnologia, que têm puxado Wall Street para cima desde março, hoje, em que foram as principais vítimas do forte recuo bolsista, tiveram o efeito contrário, com quedas acentuadas, casos de Apple, que perdeu 8,01%, Amazon (4,63%), a 'holding' da Google, a Alphabet (5,12%9), a Microsoft (6,19%) e Facebook, que desvalorizou 3,76%.

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