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França e Alemanha apelam a adesão a projeto de infraestrutura de dados
França e Alemanha apelaram aos países e empresas europeias para que se juntem ao projeto Gaia-X, de infraestrutura de dados, que lançaram esta semana, de acordo com a agência France Presse, que cita o ministro da Economia francês.
© Reuters
Economia Gaia-X
"Convoco todas as outras empresas europeias a aderirem a esta iniciativa", promovida pelos dois executivos europeus, disse Bruno Le Maire numa conferência de imprensa com seu homólogo alemão, Peter Altmaier.
O projeto Gaia-X é fundamental para permitir que "a economia e a indústria europeia colham os benefícios da digitalização e sejam competitivas nos mercados internacionais", adiantou o governante.
Altmaier, por sua vez, considera que a iniciativa é "o ponto de partida para a construção de um ecossistema europeu de dados", tendo comparado o nascimento do Gaia-X com o recente lançamento de um foguetão espacial americano para a Estação Espacial Internacional, de acordo com a AFP.
O Gaia-X tem como objetivo o estabelecimento de critérios europeus comuns para serviços em nuvem ('cloud'), uma área agora dominada por grandes grupos americanos, mas na qual alguns gigantes chineses se estão também a destacar.
Este projeto funcionará como uma espécie de "mercado europeu", no qual as empresas podem encontrar serviços em nuvem que obedeçam aos padrões europeus.
"Não somos a China, não somos os Estados Unidos, somos países europeus com os nossos próprios valores e interesses económicos, que queremos defender", vincou Le Maire, segundo a AFP.
O ministro garantiu que o projeto Gaia-X levará "transparência" quanto à jurisdição de referência dos serviços oferecidos.
Além disso, o Gaia-X permitirá o princípio da reversibilidade, ou seja, "se o consumidor não estiver satisfeito com seu atual fornecedor de serviços em nuvem" pode mudar, "sem perder dados", referiu o ministro francês.
O projeto será gerido por uma associação belga sem fins lucrativos criada para o efeito.
Para já, o projeto foi concebido com onze empresas alemãs e igual número de francesas, representando tanto fornecedores de serviços em nuvem como indústrias que usam esses serviços.
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