O Senado canadiano deve igualmente aprovar hoje o tratado trilateral, declarou Pablo Rodriguez, o líder da bancada do partido liberal na Câmara dos Comuns. O Canadá é último signatário do tratado a não o ter ratificado.

O acordo será ratificado por Otava uma vez assinado pela governadora geral Julie Payette, representante da rainha Isabel II, chefe de Estado do Canadá.

O novo tratado comercial foi ratificado pelo México em 10 de dezembro de 2019 e promulgado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 29 de janeiro.

O USMCA (United States -- México -- Canada Agreement, em inglês), que conecta cerca de 500 milhões de pessoas, é uma versão atualizada do tratado de livre comércio norte-americano (North American Free Trade Agreement, NAFTA, em inglês), que entrou em vigor em 1994 e era contestado há muito por Donald Trump.

O presidente dos Estados Unidos tinha imposto a renegociação do NAFTA aos seus parceiros regionais em agosto de 2017, por considerá-lo "o pior acordo comercial da História" do país.

Donald Trump culpou o NAFTA pela destruição de vários empregos do setor automóvel nos Estados Unidos, em face de deslocalizações massivas para o México, onde a mão-de-obra é mais barata.

Na sequência de uma maratona de negociações, o USMCA já tinha sido assinado pelos três países, na sua versa inicial, no final de novembro de 2018, à margem da cimeira do G20 em Buenos Aires.

Porém, o Partido Democrata dos Estados Unidos, maioritário na Câmara dos Representantes, retocou o texto, exigindo emendas para obter do México garantias sobre a sua reforma social no emprego.

A Câmara dos Representantes consentiu o seu aval ao documento em 19 de dezembro de 2019.

O NAFTA destruiu empregos nos Estados Unidos, mas também criou uma vasta zona de comércio sem restrições alfandegárias, facilitando as trocas de bens, serviços e pessoas.

Os estudos mostram que, no seu conjunto, o NAFTA não só contribuiu largamente para o crescimento económico mas também para o aumento do nível de vida da população dos três países signatários.

Os empresários exortaram os decisores políticos a validar rapidamente o acordo, devido à sua importância no plano económico.

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