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"Somos tesos e estamos falidos"

O presidente demissionário da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, fala esta segunda-feira, em entrevista ao Jornal de Negócios, sobre os problemas passados e actuais do País, sublinhando que “isto já não vai com pequenas mudanças, com impostos, etc.”, porque "o nosso problema é dinheiro. Somos tesos e estamos falidos”. Sobre o espectro político, o empresário considera que o que o ex-Presidente Mário Soares está a tentar fazer é “derruba o Governo para lá pôr o PS”.

"Somos tesos e estamos falidos"
Notícias ao Minuto

08:23 - 09/12/13 por Ana Lemos

Economia Soares dos Santos

Em entrevista ao Jornal de Negócios, Alexandre Soares dos Santos faz um regresso ao passado, à década de 70, para sublinhar que “a primeira escolha que foi feita” e que “veio afectar a situação económica em Portugal” foi “a descolonização em África”.

Neste sentido defende que os portugueses não são “vítimas” da crise mas de si “próprios”, o que, acrescenta, “é um problema muito português. A culpa é sempre do parceiro do lado, [mas] a culpa é só nossa”. Como exemplo, Alexandre Soares dos Santos refere que “a partir do momento em que descobriram [os portugueses] que afinal a tal disciplina e o tal controlo [que a entrada na Comunidade Europeia supostamente impunham] não existiam, veio o forrobodó outra vez. Continuamos, desde 1800 e qualquer coisa, no ‘stop and go’. O nosso crescimento económico é seguido de crises em que o decréscimo da economia é total”.

A juntar a esta característica nacional, o empresário afirma que “hoje, em Portugal, tudo é político, tudo vai para a televisão, tudo aparece como uma desgraça completa”. Porém, frisa, e apesar de “o problema ser grave, não é [assim] tão grave. É grave, na medida em que não há emprego mas a família ainda tem força e a unidade necessárias para substituir a falta de emprego”.

“O que é absolutamente necessário é percebermos que a União Europeia só tem condições de sobreviver se marchar em direcção ao federalismo”, defende Alexandre Soares dos Santos, sustentando que “isto já não vai com pequenas mudanças, com impostos, etc. Precisamos de ter um rumo certo”, pelo que, refere, “não podemos estar constantemente a mudar quando há eleições” e “a ter permanentemente umas pessoas sem qualquer experiência à frente dos ministérios”.

O presidente demissionário da Jerónimo Martins considera, por isso, que “a Constituição deve estar adaptada aos dias de hoje”, apesar de assumir que “não somos um País moderado. Somos um País azedo que detesta o debate, não quer discutir nada. Querem é todos derrubar o Governo e todos estão preocupados com uma única coisa: as próximas eleições. [Mas] não vamos a parte nenhuma com eleições. Porque o nosso problema é dinheiro. Somos tesos e estamos falidos”.

Como exemplo, o empresário comenta “aquilo que o dr. Mário Soares está a fazer” que na opinião do empresário é apenas “tentar derrubar o Governo para lá pôr o Governo socialista. Dizem que ele [Soares] está senil- eu não acredito. Ele está é numa campanha para derrubar o PSD e pôr lá o PS”.

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