Incerteza com coronavírus força Wall Street a fechar em baixo
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em baixa, com os investidores a cederem às preocupações e incertezas persistentes com a epidemia do novo coronavírus e a indicadores dececionantes sobre a economia norte-americana.
© Reuters
Economia Wall Street
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average perdeu 0,78%, para os 28.992,41 pontos, caindo para baixo do valor simbólico dos 29 mil.
Mais fortes foram as perdas dos outros índices, com o tecnológico Nasdaq a desvalorizar 1,79%, para as 9.576,59 unidades, e o alargado S&P500 a recuar 1,05%, para as 3.337,75.
No conjunto da semana, cada um destes índices perdeu mais de um por cento, com a perda mais forte a ser a apresentada pelo Nasdaq (1,6%), seguido pelo Dow Jones (1,4%) e S&P500, que baixou 1,3%.
Os investidores estão nervosos porque continuam com dificuldade em perceber o impacto do novo coronavírus nos lucros das empresas, disse Shawn Cruz, da TD Ameritrade.
"Os investidores devem preparar-se para um certo choque quando os resultados das empresas (do primeiro trimestre) forem publicados", avançou.
Depois de a Apple, que fechou em perda de 2,26%, ter abalado os investidores no início de semana, com um aviso do impacto negativo da epidemia do novo coronavírus nas suas contas, hoje foi a Coca-Cola que preveniu que a epidemia ia pesar sobre as suas vendas no trimestre, mas mesmo assim fechou a subir 0,69%.
Mas os efeitos podem prolongar-se para os trimestres seguintes, porque as empresas devem não só enfrentar uma potencial descida da procura dos seus produtos, como também perturbações na sua cadeia de abastecimento, que vão aumentar os seus custos e afetar a sua rentabilidade, antecipou Cruz.
Tranquilizados no princípio da semana pela aparente redução da propagação do vírus, os investidores, pelo contrário, aumentaram a inquietação ao verem o aparecimento de novos focos na Ásia, com a duplicação de casos na Coreia do Sul e a notícia de 500 presos infetados na China.
Para Cruz, o coronavírus Covid-19 substituiu o conflito comercial como o tema dominante nos mercados, provocando a oscilação dos índices consoante as manchetes sobre o assunto.
Por outro lado, os investidores em Wall Street foram apanhados desprevenidos por indicadores do gabinete Markit, que mostraram que o crescimento da atividade no setor industrial tinha perdido força em fevereiro, nos EUA, e que a atividade no setor dos serviços tinha mesmo diminuído.
O índice compósito relativo ao conjunto do setor privado exibe, em consequência, uma contração da atividade económica pela primeira vez desde 2013.
Sinal de um interesse acrescido pelo mercado obrigacionista, considerado mais seguro do que o acionista, a taxa da dívida pública a 10 anos recuou hoje fortemente, caindo para o nível mais baixo desde setembro, evoluindo nos 1,470% às 21:20 de Lisboa, contra os 1,566% da véspera.
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