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Mediação nas negociações da distribuição é solução "frustrada"

O sindicato que representa os trabalhadores da distribuição criticou a associação patronal por ter pedido mediação nas negociações para o contrato coletivo de trabalho, referindo que é uma solução "frustrada".

Mediação nas negociações da distribuição é solução "frustrada"
Notícias ao Minuto

21:07 - 16/12/19 por Lusa

Economia Sindicato

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços, Comércio, Restauração e Turismo (SITESE) referiu que "os sindicatos aceitaram a reunião do dia 09 de dezembro, proposta pela APED [Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição], porque não aceitando, estavam a rejeitar uma reunião que poderia ser muito importante para a resolução do processo, com todos as consequências positivas ou negativas devido à proximidade do Natal".

A estrutura sindical referiu que "havendo alguma matéria acordada e esgotadas as hipóteses de entendimento nos 22 meses que já durara esta fase negocial, estava por negociar a atualização salarial".

No entanto, "por incapacidade negocial ou estratégia friamente pensada, os representantes da APED requereram a mediação, entregando aos serviços do Ministério uma solução que se afigura frustrada à partida", garantiu o SITESE.

O sindicato destacou que "só por acordo das partes, que não houve anteriormente, é que qualquer proposta do mediador oficial terá êxito. O mediador não vai certamente apresentar só uma tabela salarial alternativa, mas matérias controvertidas que não foram aceites pelas partes".

Os trabalhadores assumem que esta estratégia da APED poderá conduzir a "formas de luta".

"É habitual a apresentação de pré-avisos de greve para as vésperas de Natal e de Ano Novo. Contudo, os entendimentos sindicais previamente estabelecidos antes da data da última sessão de conciliação, no caso de frustração, apontaram para outras formas de luta. Para que haja êxito numa paralisação é necessário que seja preparada e declarada por todos os sindicatos do setor" pediu o sindicato.

Ainda que a estrutura não afaste "a hipótese de uma paralisação geral para a véspera do Ano Novo" apela "aos trabalhadores para que escolham outro tipo de ações continuadas. Neste sentido também se coloca, não só paralisações de estabelecimentos como a apresentação de reivindicações às empresas que podem passar pela proposta de acordo de empresa às grandes empresas".

No dia 12 de dezembro, a APED divulgou que tinha pedido a mediação para a negociação do contrato de coletivo de trabalho, tendo em conta a "indisponibilidade negocial" dos sindicatos e a "pouca razoabilidade" das propostas.

Em comunicado, a APED refere que "solicitou ao Ministério do Trabalho a mediação do contrato coletivo de trabalho do setor", depois de quase dois anos (20 meses) "de processo de conciliação" e considera que "a posição das associações sindicais dificulta a continuidade das negociações".

De acordo com a entidade, "a indisponibilidade negocial dos sindicatos e a pouca razoabilidade das propostas sindicais torna difícil o diálogo e levou a APED a solicitar um patamar de conversações mais eficaz".

A APED aponta que "a falta de razoabilidade das propostas sindicais, nomeadamente a mais recente apresentada pelos sindicatos ligados à CGTP e onde se propunham aumentos salariais da ordem dos 20%, torna difícil um entendimento com os sindicatos".

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