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Atraso do Estado na compensação dos passes "não pode voltar a acontecer"

O atraso do Estado na compensação aos operadores privados de transportes "não pode voltar a acontecer em 2020" por gerar um "problema de tesouraria grave", garantiu hoje o presidente da Associação Nacional de Transportes de Passageiros (Antrop).

Atraso do Estado na compensação dos passes "não pode voltar a acontecer"
Notícias ao Minuto

16:21 - 12/12/19 por Lusa

Economia ANTROP

Em declarações depois de uma reunião com o secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, Luís Cabaço Martins referiu que "na parte do tarifário social [da responsabilidade do Governo]" ou seja, passes para os estudantes, existe um problema que é "a compensação, sempre feita com muito atraso. Para 2020 isso não pode voltar a acontecer", adiantou o líder da associação.

Cabaço Martins revelou ainda que no ano passado o Estado só transferiu as compensações "em agosto ou setembro e há dois anos em novembro".

"Os operadores fazem os descontos logo a partir de janeiro e portanto é um problema de tesouraria grave que tem de ser resolvido", defendeu o presidente da Antrop.

Cabaço Martins realçou ainda que o executivo "não pode cair na prática que o Governo anterior tinha de atrasos sistemáticos na compensação dos operadores, porque se trata de descontos que são impostos pelo Governo".

O presidente da Antrop reiterou ainda que a atualização tarifária determinada para 2020, de 0,38%, é insuficiente para os operadores, que "tiveram uma variação de custos operacionais de cerca de 4%, portanto, a diferença é muito significativa".

"O Governo tem que saber que os operadores não têm condições de prestar o seu serviço público em 2020 se não houver um complemento de apoio às empresas relativamente à base dos 0,38%", garantiu Luís Cabaço Martins.

O presidente da Antrop alertou ainda para o facto de que "as empresas estão descapitalizadas, não têm capacidade de investimento" devido à falta de cobertura dos custos pela atualização tarifária.

Durante a reunião, de acordo com Cabaço Martins, o secretário de Estado "tomou nota das preocupações, não deu nenhuma garantia de resolução".

Esta quarta-feira, o presidente da Antrop adiantou que a associação iria iniciar hoje um "processo de diálogo e concertação" com o novo Governo, pretendendo apresentar à tutela, entre outros pontos, os problemas que se colocam à sustentabilidade do setor.

"O que nos preocupa é a sustentabilidade das empresas [...], que se reflete nos serviços e nas populações. A dificuldade é encontrar as melhores soluções para resolver esse problema", apontou, em declarações à Lusa, Luís Cabaço Martins.

A par da reunião com o Governo, a Antrop solicitou também encontros com a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que aguardam o respetivo agendamento.

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