"O Governo apresentou uma proposta aquém das expectativas, valores inferiores ao das carreiras gerais", disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (SinDGRSP), Miguel Gonçalves.
A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, reuniu-se hoje, no ministério, em Lisboa, com várias estruturas sindicais, incluindo o SinDGRSP, o mais representativo do setor, para iniciar o processo de revisão das carreiras não revistas da DGRSP.
Segundo Miguel Gonçalves, o aumento salarial de 28 euros proposto "não acompanha o tempo" em que a carreira dos técnicos de reinserção social "esteve estagnada".
"Mais de duas décadas à espera sem progredir", apontou, acrescentando que "o salário não corresponde ao de uma carreira especializada".
A direção do SinDGRSP vai reunir-se com os seus associados para redigir uma contraproposta a apresentar ao Governo na próxima reunião negocial, marcada para 23 de julho.
De acordo com o sindicato, Portugal tem mil técnicos de reinserção social que, entre outras funções, prestam assessoria técnica aos tribunais, trabalham nos centros educativos (destinados a jovens delinquentes), acompanham a execução de medidas e penas na comunidade e de vigilância eletrónica e desenvolvem planos de intervenção para reclusos.
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