O processo de reprivatização da TAP foi formalmente iniciado esta quinta-feira, com a aprovação, em Conselho de Ministros, do decreto-lei que define os termos da operação. Numa primeira fase, o Estado prevê alienar, através de venda direta, até 49,9% do capital da transportadora aérea nacional.
Embora defenda uma privatização a 100%, a CTP considera positivo este primeiro passo.
"É positiva a abertura desta primeira fase do processo de reprivatização da companhia aérea portuguesa. A TAP é importante para o país e para o Turismo e não pode continuar sozinha e isolada no mercado. Pelo contrário, a TAP, inserida numa das grandes plataformas internacionais de aviação, pode vir a ter menos custos e praticar tarifas mais concorrenciais para captar mais e melhor turismo", afirma o presidente da Confederação, Francisco Calheiros, citado em comunicado.
A CTP sublinha que será fundamental garantir, em contrato, compromissos claros com o setor e com a conectividade do território nacional.
"Vamos estar muito atentos! Há exigências básicas de que o país e o turismo não podem prescindir", alerta Francisco Calheiros.
Entre essas exigências, a Confederação destaca a necessidade de assegurar o 'hub' (plataforma de distribuição de voos) de Lisboa, bem como as ligações aéreas especiais às regiões autónomas e aos PALOP - Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Para a CTP, estas condições são "imprescindíveis" e devem ser acauteladas na nova fase de gestão da companhia.
Numa declaração feita na quinta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, reconheceu a importância destas garantias, afirmando esperar que "se possa assegurar que a companhia aérea nacional salvaguarda o 'hub' em Lisboa, salvaguarda o aproveitamento de todas as infraestruturas aeroportuárias do país, em particular do aeroporto hoje Humberto Delgado e amanhã Luís de Camões (o novo aeroporto de Lisboa), mas também do Porto e de Faro e os aeroportos das regiões autónomas".
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