Inspetor-geral de Finanças pediu para não continuar no cargo
O pedido foi validado pelo ministro das Finanças e já foi aberto um concurso para preencher a vaga.
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Economia Finanças
O Inspetor-geral de Finanças, Vítor Braz, pediu para não continuar no cargo e o seu pedido foi validado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno. Isto acontece, numa altura em que não são ainda conhecidas as conclusões do processo que começou há quase um ano por suspeitas de venda de informações confidenciais para o exterior, por parte de inspetores das Finanças.
Uma publicação em Diário da República, esta terça-feira, dá conta do "pedido apresentado pelo inspetor-geral de Finanças de não renovação da respetiva comissão de serviço, com termo a 31 de dezembro de 2019", conforme se pode ler.
Com efeito, o pedido de Vítor Braz foi validado, sendo que está de saída agora no final do ano.
Do lado do Governo, a tutela das Finanças determinou já a a "abertura de procedimentos concursais para recrutamento dos titulares dos cargos dirigentes superiores de 1.º e 2.º graus da Inspeção-Geral de Finanças", pode ler-se.
No final do ano passado, a Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) efetuaram buscas na Inspeção-Geral de Finanças, no Ministério da Defesa e na Cruz Vermelha, em Lisboa.
Há quase um ano, em dezembro do ano passado, inspetores da Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária realizaram buscas na IGF, e no Ministério da Defesa e Cruz Vermelha Portuguesa, suspeitando de corrupção passiva, peculato e abuso de poder de altos responsáveis de serviços centrais da Administração Pública do Estado.
A investigação debruçou-se em "indícios da prática de atos ilícitos em procedimentos concursais, em ações de fiscalização que lesaram gravemente o Estado nos seus interesses financeiros, tendo como contrapartidas benefícios individuais dos visados", explicou na altura a Procuradoria-geral distrital de Lisboa.
"A IGF manifesta a sua satisfação pelas diligências hoje efetuadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária, em linha com as já realizadas no âmbito da designada 'operação BUG', bem como a sua confiança na rápida conclusão das investigações em curso, com vista a pôr termo às atividades ilícitas contra órgãos e instituições do Estado", disse fonte da IGF em comunicado também nessa altura.
A IGF lembrou que, em 20 de março e em 14 de setembro de 2018, "tinha comunicado às autoridades judiciárias comportamentos indiciadores da prática de atos ilícitos por parte de alguns trabalhadores" e que, nessa sequência, órgãos e instituições públicas, incluindo a IGF, "foram alvo de denúncias caluniosas com indícios de origem interna, as quais foram, igualmente, comunicadas ao Ministério Público".
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