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BEI quer estabelecer critérios para o "que é ou não 'verde'" na economia

O diretor-geral de operações de crédito do Banco Europeu de Investimento (BEI), Jean-Christophe Laloux, disse hoje que um dos desejos da instituição em termos de economia 'verde' é estabelecer critérios sobre "o que é ou não 'verde'".

BEI quer estabelecer critérios para o "que é ou não 'verde'" na economia
Notícias ao Minuto

20:12 - 08/07/19 por Lusa

Economia BEI

"Temos de concordar no que é 'verde' ou não. Isso é importante para uma instituição como a nossa", disse Jean-Christophe Laloux no painel 'Os produtos financeiros para a descarbonização', durante a conferência 'Roteiro Nacional para a Neutralidade Carbónica 2050 - O papel do financiamento sustentável', que decorreu hoje na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Com este passo, o responsável do BEI espera definir melhor os projetos "que podem ser alvo de financiamento 'verde'" por parte da instituição, de forma a criar uma "etiqueta 'verde'" atribuível aos financiamentos.

Jean-Cristophe Laloux frisou também a necessidade de adotar uma "política diferente em termos de produção energética", considerando que entidades com um objeto público como o BEI já não devem fomentar projetos baseados em combustíveis fósseis, uma vez que "é claro que não são o futuro".

O economista do BEI apelou ainda para que haja "mais recursos" para prosseguir uma política amiga do ambiente, e confessou que "é sempre bom ver mais clima" nos financiamentos aprovados pelo BEI.

Sobre a relação das Pequenas e Médias Empresas (PME) com a economia 'verde', Laloux referiu que é necessária "literacia climática além de literacia financeira", que relativamente a desinformação sobre as alterações climáticas "o problema das PME é o mesmo que o do mundo", e que é precisa "uma completa mudança de mentalidades".

Noutro painel, Luís Costa, 'partner' da empresa Get2C, direcionada ao investimento em países em desenvolvimento, considerou que "não existem produtos financeiros 'verdes'" nesses países porque também não há produtos financeiros de outro tipo.

Este problema "leva-nos à questão de como conseguimos inverter essa tendência e de como é que os recursos financeiros cheguem a esses países", afirmou.

Para o responsável da empresa, é uma questão que "tem a ver com a estrutura da cadeia de valor do dinheiro", que está dividido em "dois mundos", o das "mãos privadas, e claramente essas entidades não têm interesse em financiar projetos" em países em desenvolvimento, e o das "entidades públicas e que têm algum controlo público", como bancos de investimento ou o Banco Mundial, mais propensas a esse tipo de financiamentos.

"Mesmo assim, é dinheiro concorrencial", sendo essas instituições até "mais concorrenciais e mais apetecíveis a receber este tipo de dinheiros", considerou Luís Costa, acrescentando que o que resta "é a parte de 'grants' [bolsas] dentro destes bancos, que é insuficiente para os países em desenvolvimento".

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