Wall Street fecha em baixa com Trump a ameaçar a União Europeia
A bolsa nova-iorquina terminou hoje em baixa, com os investidores a fazerem uma pausa, quando se aproxima mais uma época dos resultados trimestrais e face à ameaça de tensões comerciais entre Washington e Bruxelas.
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Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average cedeu 0,72%, para os 26.150,58 pontos.
Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq recuou 0,56%, para as 7.909,28 unidades, e o alargado S&P500 perdeu 0,61%, para os 2.878,20 pontos, o que terminou com uma série de sessões consecutivas a fechar em alta, que já ia em oito.
"Os investidores estavam a precisar de recuperar o fôlego", estimou Sam Stovall, da CFRA. Tanto mais que, avançou, os investidores esperam em particular para ver o que vai revelar a época de resultados, que começa a sério na sexta-feira com a divulgação dos números dos bancos JPMorgan Chase e Wells Fargo.
"As antecipações de lucros continuam a descer", salientou Stovall. A última expetativa dos analistas, divulgada esta manhã, aponta para um recuo médio dos lucros em 2,9% no primeiro trimestre e um aumento de apenas 0,5% no segundo, especificou.
"Isto acabou por se tornar uma fonte de inquietação, porque a acumulação de dois trimestres consecutivos de recuo dos lucros pareceria uma recessão dos lucros. Ora, historicamente, uma recessão dos lucros precede, em 75% das ocasiões, uma recessão da economia", indicou Stovall.
Os investidores também "provavelmente reagiram negativamente ao facto de o Presidente norte-americano parecer querer concentrar-se no desencadear de uma guerra comercial com a União Europeia", estimou Stovall.
Com efeito, Donald Trump subiu hoje o tom ao ameaçar a União Europeia com novas tarifas aduaneiras sobre o equivalente a 11 mil milhões de dólares (9,8 mil milhões de euros) de produtos, se não terminar com os subsídios à Airbus.
"Estávamos mais satisfeitos ao constatar que se aproxima talvez uma resolução do conflito comercial com a China, (mas) encontramo-nos agora com uma batalha do mesmo tipo com a Europa", desabafou este especialista.
Os investidores estiveram ainda a digerir o último relatório do Fundo Monetário Internacional, que tornou a rever em baixa a sua previsão de crescimento da economia mundial em 2019, para 3,3%.
A instituição estimou também que a expansão da economia dos Estados Unidos da América em 2019 vai ser de 2,3%, depois dos 2,9% de 2018.
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