Apesar desta queda, a praça lisboeta ficou acima do desempenho da bolsa de Madrid (IBEX 35), que recuou cerca de 30% no último ano, e da de Frankfurt (DAX), que recuou 18%.

A bolsa londrina (FTSE 100) perdeu 4% no acumulado do ano e a de Paris (CAC 40) deslizou 10,9%.

No que respeita aos 18 títulos que compõem o principal índice da bolsa portuguesa, apenas três registaram valorizações no último ano: Altri, EDP Renováveis e EDP, por ordem decrescente.

A empresa de pasta e papel registou uma valorização de 12,16%, enquanto a EDP Renováveis, que hoje anunciou a venda de ativos nos Estados Unidos e Canadá, progrediu 11,60%, desde a última sessão de 2017.

Também a EDP, que está a ser alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA) da China Three Gorges (CTG), registou uma subida de 5,68%.

Em 11 de maio passado, a CTG anunciou a intenção de lançar uma OPA voluntária sobre o capital da EDP, oferecendo uma contrapartida de 3,26 euros por cada ação, cujo pedido foi registado junto do regulador, sem alterações ao preço oferecido inicialmente.

O preço oferecido pela CTG é a principal razão pela qual a administração da EDP tem recomendado aos acionistas que não aceitem esta oferta, por não refletir adequadamente o valor da elétrica, pois o prémio implícito é baixo, considerando a prática pelas empresas europeias do setor.

Todos os restantes títulos que compõem o índice registaram desvalorizações, com a Mota-Engil a registar uma quebra de mais de metade (56,05%), seguida da Jerónimo Martins (-36,15%) e da Ibersol e Pharol, ambas a recuarem mais de 34% no espaço de um ano.

A perder mais de 20% estão a Ramada Investimentos (-28,7%), a Sonae (28,06%) e a Semapa (26,38%).

Os CTT - Correios de Portugal registaram uma quebra de 16% e o BCP recuou 15,63%.

Também a Navigator perdeu mais de 15%, mais concretamente 15,33%, enquanto a Corticeira Amorim registou uma desvalorização de 12,62%.

A Galp Energia derrapou 9,98%, a Sonae capital 4,28%, a NOS 3,39%, enquanto a RN - Redes Energéticas Nacionais registou a menor perda, com um recuo de 1,82%.