França e Japão defendem aliança Renault-Nissan após detenção de Ghosn
Os governos francês e japonês reafirmaram hoje, num comunicado conjunto, o seu apoio à aliança entre os construtores Renault e Nissan, um dia após a detenção do líder do grupo, Carlos Ghosn, em Tóquio.
© Reuters
Auto Governo
O ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, e o ministro da Economia japonês, Hiroshige Seko, "reafirmaram o forte apoio dos governos francês e japonês à aliança entre Renault e Nissan", numa conversa telefónica, indica o comunicado.
A aliança deu origem ao "primeiro construtor automóvel mundial e a um dos maiores símbolos da cooperação industrial franco-nipónica", lembraram os dois responsáveis, exprimindo a vontade de manter esta "cooperação vencedora".
Em 2017, a aliança Renault-Nissan-Mitsubishi atingiu pela primeira vez o primeiro lugar mundial do setor com 10,6 milhões de veículos vendidos.
A Renault possui 43% da Nissan e o construtor japonês detém 15% do grupo francês, bem como 34% da Mitsubishi Motors.
O ministro francês tinha anunciado previamente a intenção de falar com o ministro japonês hoje de manhã para lhe lembrar "o empenho da França na aliança entre a Renault e a Nissan", dois construtores associados desde há quase 20 anos.
Le Maire pediu à Renault, detida em 15% pelo Estado, para avançar de imediato com uma liderança interina uma vez que Ghosn "está atualmente impedido de dirigir a empresa". O conselho de administração da Renault deve reunir-se hoje à noite.
O conselho de administração da Nissan deve pronunciar-se sobre o afastamento do seu presidente na quinta-feira de manhã.
Carlos Ghosn, 64 anos, foi detido na segunda-feira em Tóquio sob suspeita de violação de leis financeiras.
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