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Sindicatos da Ryanair reúnem-se para marcar greve europeia em julho

Os sindicatos europeus da tripulação de cabine da Ryanair vão reunir-se na quinta-feira para decidir a data de uma greve, que deverá ocorrer ainda em julho, segundo o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

Sindicatos da Ryanair reúnem-se para marcar greve europeia em julho
Notícias ao Minuto

16:59 - 30/06/18 por Lusa

Economia Protestos

No dia em que termina o prazo para a transportadora aérea de baixo custo responder às reivindicações dos sindicatos, Bruno Fialho, da direção do SNPVAC, precisou que a reunião decorrerá na Bélgica para "ser emitida uma data de greve ainda no mês de julho".

Até agora, as respostas da Ryanair "continuam a ser as mesmas, que é querer impor regras contrárias à lei portuguesa", criticou o dirigente sindical à agência Lusa, reportando-se às exigências para a empresa aplicar leis laborais nacionais e não as regras do seu país de origem, a Irlanda.

"A Ryanair tem de respeitar a soberania portuguesa e não respeita quer a portuguesa, como a espanhola ou a belga. Dia 05 iremos reunir e vamos anunciar as datas para a greve europeia", informou Bruno Fialho.

Também serão definidos os moldes de realização do protesto, com o SNPVAC a querer que "seja uma greve num só dia ou em vários dias feita ao mesmo tempo por todos os sindicatos dos vários países".

"Julgamos que isso será possível fazer e vamos ter que só acertar essas diretivas com restantes sindicatos", disse.

Questionado se poderá haver substituição de trabalhadores como aconteceu na greve dos tripulantes portugueses no período da Páscoa, o sindicalista respondeu ser "impossível" essa situação.

"Havendo cinco países europeus a realizar a greve, será impossível haver substituição de grevistas, porque não podem ir buscar pessoal a mais lado nenhum", notou.

A Ryanair tem estado envolvida numa polémica desde a greve dos tripulantes de cabine de bases portuguesas por ter recorrido a trabalhadores de outras bases para minimizar o impacto da paralisação, que durou três dias, no início de abril.

As alegadas substituições ilegais levaram à intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT).

Hoje, Bruno Fialho referiu à Lusa que o sindicato continua a ser contactado pela ACT, como aconteceu na passada quarta-feira com uma notificação para responder a várias questões.

"A ACT está a fazer um excelente trabalho e não quer que nada se perca por questões processuais. O final desse trabalho está a tardar porque, efetivamente, quando passamos para as questões jurídico-legais tudo é possível. E a ACT quer colocar um processo inatacável na base processual", afirmou.

Contactada pela Lusa, a companhia aérea tem-se escusado a fazer comentários sobre o final do prazo dado pelos sindicatos.

No final de maio, os sindicatos que representam a maioria dos tripulantes de cabine da Ryanair na Europa reuniram-se em Madrid e fizeram um ultimato à companhia aérea para que "cumpra as leis laborais em cada país", caso contrário, avançariam para a greve.

"O dia 30 de junho é o prazo limite para a Ryanair responder às nossas exigências", informava, nessa altura, Bruno Fialho.

Em entrevista à Lusa, a 11 de abril, o presidente executivo da Ryanair, Michael O'Leary, garantia que os trabalhadores da transportadora aérea em Portugal preferem continuar com contratos sob a lei irlandesa, uma vez que ganham mais e têm mais dias de licença maternal.

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