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APB contra proposta para reduzir malparado por penalizar Portugal

A Associação Portuguesa de Bancos (APB) está contra a proposta da Autoridade Bancária Europeia de penalizar bancos com rácio de crédito malparado acima de 5%, considerando que penaliza os portugueses que têm feito progressos nesse campo.

APB contra proposta para reduzir malparado por penalizar Portugal
Notícias ao Minuto

13:05 - 21/06/18 por Lusa

Economia Banca

Para a associação que representa os bancos que operam em Portugal, "não existe fundamento económico" para distinguir bancos com crédito malparado abaixo ou acima de 5% do crédito total, considerando que não há "qualquer estudo que determine que é a partir deste nível de rácio de NPL [sigla em inglês para 'non-performing loans' ou crédito malparado] que haverá um impacto na estabilidade financeira e na capacidade de financiamento à economia".

A APB contesta mesmo a escolha de crédito malparado como "elemento diferenciado", considerando que há ainda que "levar em conta fatores de mitigação de risco", como os níveis de cobertura do crédito em incumprimento e o valor dos colaterais, o que diz que assume "particular relevância" nos bancos portugueses.

"Por outro lado, a opção pelo rácio penaliza os bancos que têm vindo a fazer um esforço de desalavancagem, como é o caso do sector bancário português. A redução do montante de NPLs não é adequadamente refletida pelo rácio quando esta ocorre num contexto de redução do crédito total", considera a entidade liderada por Faria de Oliveira.

A APB diz que os bancos portugueses têm vindo "a cumprir e, por vezes até a exceder exigentes programas de redução de NPL", e pede que as medidas a serem tomadas pela Autoridade Bancária Europeia (EBA na sigla em inglês) tenham em consideração as diferenças entre os sistemas bancários de cada país da União Europeia, caso da existência ou não de um mercado que possibilite a venda de carteiras de crédito malparado.

Além disso, avisa, a imposição de uma redução acelerada de malparado iria levar à "venda de tais ativos a preços abaixo do seu valor económico", o que significaria a destruição de capital e transferência desse valor para investidores estrangeiros.

Por fim, considera que poderia ter impactos na "sustentabilidade de empresas em processos de restruturação financeira mas economicamente viáveis".

Esta quarta-feira, a agência de 'rating' Moody's considerou que o total de crédito malparado nos bancos portugueses "caiu substancialmente" em 2017 e no primeiro trimestre deste ano, mas que há que continuar esse trabalho, já que continua bem acima dos 4% da média europeia.

No total, o crédito malparado era de 15,2% no final de 2017, abaixo dos 19,5% de 2016.

Apenas nos cinco maiores bancos, o malparado caiu de 14,7% do final de 2017 para 14% em março.

A agência de 'rating' afirmou ainda que, ao contrário de Espanha e Itália, em 2017 não houve grandes transações de crédito malparado em Portugal, sendo a exceção a securitização levada a cabo pela Caixa Económica Montepio Geral em novembro de 2017 de uma carteira de crédito no valor de cerca de 581 milhões de euros.

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