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"O maior" perdeu o seu combate final. A história de Muhammad Ali

Três vezes campeão mundial de boxe, na categoria de pesos pesados, Muhammad Ali, que morreu esta sexta-feira aos 74 anos, era mais do que uma lenda do desporto mundial pelo seu compromisso político e social.

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Notícias ao Minuto / Lusa
04/06/2016 08:20 ‧ 04/06/2016 por Notícias ao Minuto / Lusa

Desporto

Óbito

Muhammad Ali morreu naesta sexta-feira em Phoenix, no Arizona (EUA), após um longo combate contra a doença de Parkinson.

"Depois de um combate de 32 anos contra a doença de Parkinson, Muhammad Ali morreu, aos 74 anos de idade", anunciou o porta-voz da família, Bob Gunnell.

Muhammad Ali, que foi campeão mundial de pesados em 1964, 1974 e 1978, já tinha sido hospitalizado no início do ano passado com uma infeção do trato urinário.

Ali fez a sua última aparição pública em abril, num evento para arrecadar fundos para organizações de caridade no Arizona.

Mas a sua imagem debilitada não apaga a personalidade fora de série do pugilista considerado "Personalidade Desportiva do Século XX" pela Sports Illustrated e BBC em 1999, um homem com múltiplas vidas, que foi casado quatro vezes e teve sete filhos, incluindo uma rapariga -- Laila -- que lhe seguiu as pisadas no boxe.

Apesar de detentor de um estilo único, Muhammed Ali fica para a história como um homem que superou as convenções dentro e fora do ringue, pelo seu instinto de comunicador, pelo gosto pela provocação, e pelo combate permanente contra a ordem estabelecida.

Filho de um escravo, Muhammad Ali nasceu com o nome de Cassius Marcellus Clay Jr, a 17 de janeiro de 1942 em Louisville, no Kentucky. Foi para se vingar do roubo de uma bicicleta que Cassius Marcellus Clay Jr aprendeu boxe.

Fê-lo de forma bastante rápida. Aos 18 anos já era campeão olímpico em Roma.

"Eu sou como uma borboleta, pico como uma abelha, eu sou o maior", disse o jovem Cassius Clay.

É também da sua autoria a frase "Eu sou o maior", várias vezes utilizada para descrever o mais famoso pugilista da história.

Aos 22 anos tornou-se campeão do mundo, derrotando Sonny Liston.

De seguida, decide mudar de nome e passar a chamar-se Cassius X, em homenagem ao líder dos "Black Muslims", Malcolm X, um grande defensor dos direitos dos negros nos Estados Unidos. Um mês mais tarde converte-se ao islão e adota o nome de Muhammad Ali.

Conserva o título até 1967, data em que é destituído por recusar participar na Guerra do Vietname. Escapa à prisão, mas é afastado dos ringues, vilipendiado pela maioria da opinião pública norte-americana, mas considerado por outros como um pilar da contracultura e um campeão da causa dos negros que se batiam então por direitos iguais.

Em 1971 foi indultado, depois de uma suspensão que lhe valeu a perda de três anos no ringue.

Muhammad Ali reconquistou o título de campeão mundial de pesos pesados em 1974, numa luta contra George Foreman, disputada no Zaire.

A 15 de fevereiro de 1978 perdeu o título para Leon Spinks, mas acabaria por recuperá-lo a 15 de setembro do mesmo ano.

Retirado em 1979, voltou a calçar as luvas dois anos mais tarde, aos 39 anos, por não ter sido capaz de gerir a fortuna.

Em outubro de 1981 perdeu para o compatriota Larry Holmes. Em dezembro do mesmo ano, uma derrota contra Trevor Berbick seria o seu último combate.

Depois de uma carreira de 30 anos - que se estendeu entre 1960 e 1981 - com 56 vitórias em 61 combates, incluindo 22 em campeonatos do mundo, Muhammad Ali pendurou as luvas. Foi então que os primeiros sinais da doença de Parkison se começaram a manifestar. A doença foi-lhe diagnosticada em 1984.

Muhammad Ali foi escolhido para acender a tocha olímpica em Atlanta em 1996 e nomeado enviado da paz pelas Nações Unidas em 1998.

Recebeu a mais alta distinção atribuída a um civil nos Estados Unidos: a presidencial Medalha da Liberdade, em 2005.

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