A primeira edição do novo formato do Mundial de Clubes está a ser marcada pelas difíceis condições climatéricas, que se fazem sentir nos Estados Unidos. A partida entre os sul-africanos do Mamelodi Sundowns e os alemães do Borussia Dortmund é mais um episódio insólito que explica isso mesmo.
O encontro teve lugar em Cincinnati, com o pontapé de saída a dar-se às 12 horas locais. À essa altura, um calor abrasador no Estádio TQL obrigou os suplentes do Borussia Dortmund a tomarem uma decisão. Na 1.ª parte, esses jogadores ficaram recolhidos no balneário do recinto a assistir o jogo pela televisão, enquanto os companheiros lidavam com as altas temperaturas em campo.
Nas redes sociais, o emblema alemão colocou uma fotografia do momento, com a seguinte legenda: "Nunca tínhamos visto algo assim antes, mas com esse calor, faz todo o sentido."
Our subs watched the first half from inside the locker room to avoid the blazing sun at TQL Stadium – never seen that before, but in this heat, it absolutely makes sense. 🥵 #FIFACWC pic.twitter.com/5GYtMER1fQ
— Borussia Dortmund (@BVB) June 21, 2025
O Dortmund garantiu uma vitória muito suada, por 4-3, perante a equipa comandada pelo português Miguel Cardoso, ex-Rio Ave. Os alemães assumiram ainda que de forma provisória a liderança do Grupo F, com 4 pontos, mais um do que o Mamelodi Sundowns. Os brasileiros do Fluminense e os sul-coreanos do Ulsan irão medir forças, este sábado, pelas 23 horas (horário de Portugal Continental).
Clima adverso. Um desafio no Mundial'2026
As equipas europeias têm manifestado o seu desagrado com o planejamento logístico e os horários escolhidos para as partidas do Mundial de Clubes. Nos jogos realizados até então, as altas temperaturas, principalmente no verão, estão a impactar diretamente o desempenho dos atletas e a qualidade do espetáculo.
"Está um calor incrível para os espetadores no estádio, por isso imaginem como é difícil para os jogadores. Os 32 graus são à sombra, ao sol é ainda mais. Não são desculpas, mas sim uma explicação. É muito difícil para os europeus. Os jogadores do sul têm mais facilidade, porque estão habituados a estas temperaturas», sublinhou o treinado Niko Kovac, do Borussia Dortmund.
"É impossível, um calor horrível. Os meus dedos estavam doloridos, doíam-me as unhas. Não conseguia travar ou arrancar. É inacreditável", contou o médio Marcos Llorente, após alinhar na goleada (0-4) sofrida pelo Atletico de Madrid ante o PSG.
A época 2025/26 será marcada por mais uma edição do Mundial, agora por seleções, novamente em solo norte-americano, contando com a contribuição do México e Canadá.