Dário Essugo estreou-se pela equipa principal do Sporting na época passada em casa do Vitória SC, o que lhe valeu ser campeão nacional, mas o primeiro jogo a titular nos verde e brancos foi apenas esta temporada diante do Arouca.

Em entrevista ao ADN de Leão, o podcast oficial do Sporting, o jovem médio, de 17 anos, recordou esse jogo contra os arouquenses, que os leões acabaram por vencer.

"Estou a jogar futebol e já não fico tão nervoso. Estava muito nervoso quando joguei a titular contra o Arouca. Mais do que contra o Vitória SC. Tinha muito frio na barriga. Nessa noite, não dormi muito. Um dia antes do jogo com o Arouca, na palestra, estávamos a ver o vídeo do Arouca, o míster diz 'Dário, vais jogar aqui no meio' e o meu coração começou a bater muito forte", começou por dizer Essugo, recordando também os conselhos preciosos de Matheus Nunes

"O Matheus Nunes deu-me um grande conselho mesmo, em que pensei tenho de fazer mesmo um grande jogo. Basicamente foi 'joga como tu sabes' mas caprichou. Nem sempre é a estreia que dita o que tu sabes", assumiu o jovem, que até recebeu uma chamada do companheiro de equipa: "Disse não ligues ao que os outros dizem e foca-te só em divertir. E jogaste como jogaste. Correu fixe, mas também a jogar ao lado dele..."

Dário Essugo recordou ainda a estreia pelo Sporting e Guimarães, e traçou os objetivos para o seu futuro enquanto futebolista.

"Já me disseram que foi mesmo emocionante para as pessoas. Foi mesmo natural. Já tinha dito depois da estreia que tinha o objetivo de estrear-me com 16 anos pela equipa principal do Sporting. Foi a primeira vez que me emocionei em campo. Quando fiz 14 anos delineei isso: estrear-me com 16 pela equipa principal. Acreditei que era possível", atirou sobre o jogo contra o Vitória SC.

"Não posso abrir o cheque sobre o próximo objetivo. Estou muito feliz aqui, isto é a minha casa. Não me imagino noutra cor, já estou habituado a viver de verde e branco. Tenho um irmão, que está cá no Sporting, o Danilo Luís. É conhecido como Danilo Benteke. Soube que o meu irmão emocionou-se muito quando me estreei e começou a sangrar e tudo (risos). É algo mais ou menos de família. Eu é que sou o cúmulo", vincou.

Essugo abordou ainda a questão da religião e falou sobre como concilia essa fé em Deus com o futebol

"Uma vez faltei a um torneio porque ia ter a procissão de fé. Os meus pais eram de ideias fixas nisso. Entro com o pé direito e benzo-me duas vezes. É um hábito que já apanhei. A fé é acreditares em algo. Tenho fé que vou ser jogador. Pensei em Deus quando fiz a estreia. Trato Deus por você. Tenho rezado todas as segundas-feiras. Acompanho um pregador do Brasil, Dave Leonardo, e passa boas mensagens. Falam de Deus, mas um bocadinho a ensinar da vida. Acho que ainda sou mais chegado a Deus. Quando corre mal, digo que há um propósito", finalizou.